Em pronunciamento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta segunda-feira (26), que não desistirá de sua candidatura à Presidência da República. A fala foi uma resposta ao movimento que chamou de “gigantesca e virulenta campanha” para sair da corrida eleitoral.
“Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância, e meu nome continua posto como firme e legítima opção para livrar nosso país de um presente covarde e futuro amedrontador”.
“Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do voto útil. Com esta pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem”, disse Ciro (leia o discurso na íntegra).
O pedetista vem sendo pressionado por ex-apoiadores e personalidades políticas da América Latina a desistir de concorrer em prol do voto útil em Lula, que tem chances de vitória no primeiro turno.
Ciro, no entanto, se nega a realizar esse movimento e, no discurso, citou nominalmente os adversários, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamando-os de “forças do atraso”. Ele também disse que o atual presidente é a “cria maligna” de Lula.
“Nada deterá a minha disposição de seguir em frente a empunhar a bandeira do novo projeto nacional de desenvolvimento e também a denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com falsas promessas”, afirmou.
Ciro disse que o país está “na iminência de sofrer a maior fraude eleitoral da nossa história”. “Não a mentirosa fraude das urnas eletrônicas, inventada por Bolsonaro, mas a fraude do estelionato eleitoral que sofrerão as vítimas que apertarem, nas urnas invioláveis, o 13 ou 22 [números de Lula e Bolsonaro, respectivamente]”.
Na noite de ontem, Ciro publicou nas redes sociais que faria um “importante pronunciamento à nação”, mantendo mistério quanto ao tema. A campanha já havia garantido que ele não desistiria “de forma alguma”.
Ciro aparece em terceiro nas pesquisas
Em queda nas pesquisas eleitorais, Ciro se mantém no terceiro lugar nas intenções de voto para a eleição ao Planalto. Em levantamento do instituto FSB divulgado hoje, Ciro tem 7% — 28 pontos percentuais a menos que o segundo colocado, Bolsonaro, com 35%. O ex-presidente Lula (PT) lidera, com 45%.
No agregador de pesquisas do UOL, que compila pesquisas de diferentes institutos, o ponto máximo de Ciro foi de 10%, no ano passado.
Na maior parte das sondagens mais recentes, ele aparece empatado dentro da margem de erro com a candidata do MDB, a senadora Simone Tebet, que só oficializou a candidatura em julho deste ano.
Pressão para desistir
No sábado (24), durante o debate promovido por um pool de veículos de imprensa, Ciro se irritou ao ser questionado sobre o voto útil em Lula e disse que esse tipo de questionamento era uma “falta de respeito” com sua candidatura.
Ele também reclamou publicamente de ex-apoiadores, como os cantores Tico Santa Cruz e Caetano Veloso, que declararam voto no petista. Segundo o ex-ministro, os artistas simbolizam aqueles eleitores que não estão preocupados com o pós-eleição porque “já estão com a vida ganha”.
* Com informações do site UOL
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