O holandês Max Verstappen, da Red Bull, conquistou o bicampeonato mundial da Fórmula 1 após vencer o Grande Prêmio de Suzuka, no Japão, durante a madrugada deste domingo (9).
A confirmação do título – com quatro etapas a serem disputadas – ocorreu após o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, sofrer uma punição na última curva e cair da segunda para a terceira posição da corrida. O mexicano Sergio Pérez completou o pódio, em uma dobradinha da Red Bull.
A vitória deste domingo foi a 32ª na carreira de Verstappen, que estreou na categoria em 2015 como o piloto mais jovem da história. Na atual temporada, ele conquistou o primeiro lugar 12 vezes, chegando a 366 pontos.
A prova
Com baixa visibilidade e sob bastante água, a prova em Suzuka foi marcada pela forte chuva e pelo incidente de Pierre Gasly com dois tratores. Leclerc chegou a assumir a ponta logo na primeira curva, antes da posição ser retomada por Verstappen. Ainda na primeira volta, o alemão Sebastien Vettel, da Aston Martin, e o chinês Guanyu Zhou, da Alfa Romeo, rodaram e perderam posições.
Já o espanhol Carlos Sainz, da Ferrari, e o britânico Alexander Albon, da Williams, acabaram batendo após perder controle dos carros e foram desclassificados. Uma bandeira vermelha foi dada logo em sequência, paralisando a prova por quase duas horas, por conta da intensidade da chuva.
Na relargada, faltando cerca de 40 minutos para o fim do evento, todos os competidores foram obrigados a retomar com pneus de chuva. Já no início da retomada, porém, a maior parte das equipes optou pela troca para pneus intermediários, de maior velocidade. Com as mudanças, Zhou fez a melhor volta.
Leclerc, que chegou a ter o melhor tempo da pista, não conseguiu manter o ritmo na parte final da prova. Com isso, Verstappen abriu distância de mais de 25 segundos na pole position.
Após terminar a prova atrás do rival, o piloto da Ferrari ainda perdeu a segunda colocação para Pérez após punição por não completar a última curva do circuito, definindo o top 3 do grande prêmio.
Incidente com Gasly
Após a suspensão temporária da corrida por conta do tempo, o piloto francês Pierre Gasly, no caminho de volta aos boxes, passou com seu carro por dois tratores nas pistas.
O competidor da AlphaTauri ficou indignado com o acontecido pois recordou o acidente fatal do compatriota Jules Bianchi, também em Suzuka, em 2014 – o último na Fórmula 1. “Eu poderia ter morrido!”, reclamou pelo rádio.
Em nota, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se isentou da responsabilidade e afirmou que irá investigar se Gasly estava trafegando em uma velocidade alta demais para a posição no momento em que passou ao lado de um dos tratores.
Pelas redes sociais, o pai de Jules Bianchi, Philippe, disse que não há “nenhum respeito pela vida do piloto e pela memória de Jules”.
Há oito anos, Jules Bianchi, que competia pela Marussia, perdeu controle do carro por conta da pista molhada e colidiu em alta velocidade com um trator que removia um outro veículo que havia abandonado a prova. Ele foi levado ao hospital e colocado em coma induzido por nove meses, mas não resistiu aos danos cerebrais e teve a morte decretada.
O caso com tratores na pista neste domingo gerou revolta também entre os outros pilotos. O inglês Lando Norris, da McLaren, lembrou o episódio fatal de 2014 e questionou a reincidência. “Perdemos uma vida nessa situação há alguns anos. Nós arriscamos nossas vidas, especialmente em condições assim. Eu quero correr, mas isso… inaceitável”, escreveu
Sergio Pérez também usou das redes sociais para se pronunciar. “Como podemos deixar mais claro que nunca mais queremos ver um trator na pista? Perdemos Jules por causa deste erro. O que aconteceu hoje é totalmente inaceitável. Espero que seja a última vez que vemos algo assim”, declarou.
*Com informações da CNN Brasil
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