Indignado, o prefeito de Manaquiri, Jair Souto, arca, sozinho, com toda sorte de logística para evitar que o desabastecimento castigue o seu município e alcance Manaus, agravando a crise de calamidade pública consequente do desabamento de pontes na BR-319, dentro da Região Metropolitana da capital.
Ontem, Jair se queixou de ter que dispender logística até para garantir a transferência de pacientes graves das unidades de saúde de Manaquiri para Manaus.
Acerca da crise, o deputado Serafim Corrêa (PSB) esbravejou na Assembleia Legislativa (Aleam), atribuindo o agravamento da crise ao “jogo de empurra” entre o comando nacional do DNIT e os escritórios do órgão em Rondônia e no Amazonas.
“Falta vontade política”
Para Serafim, o “jogo de empurra” dos DNITs mostra que “falta vontade política” para que se resolva, com a urgência devida, a crise que pode dificultar a chegada de alimentos perecíveis a Manaus neste fim de semana.
Diz o parlamentar: “As providências de engenharia, de construção civil, não foram tomadas pelo Dnit. Aí o Dnit Amazonas diz que não tem mais nada a ver com isso, que agora a responsabilidade é do Dnit Rondônia, aí vem o Dnit Rondônia e diz que está proibido de falar em nome do Dnit nacional. E o Dnit nacional diz que está tomando as providências, mas não diz quais”.
Mercúrio no rio
Ambientalistas confessam preocupação com as recentes operações da Polícia Federal (PF) e do Ibama destruindo balsas de garimpeiros que atuam ilegalmente no Rio Madeira, em Rondônia e no Amazonas.
Por um lado, eles elogiam as operações, como a da última quarta-feira (12), que destruiu balsas e dragas localizadas em determinados trechos do rio. Contudo, advertem para a quantidade de mercúrio que tais ações derramam no Madeira.
Em dezembro do ano passado, quando a PF explodiu 131 balsas, o deputado Serafim Correa chamou a atenção para o problema, denunciando o perigo da contaminação mercurial do rio.
Guerra ao crime
Em nota, a PF justificou sua ação de quarta-feira passada, alegando que a destruição das balsas entre Amazonas e Rondônia foi necessária para coibir a garimpagem ilegal e preservar o meio ambiente.
“A ação busca desestruturar organizações criminosas que lucram causando imensos prejuízos ambientais com atividades ilegais de mineração, tais como a modificação do curso original do rio, a destruição da vegetação ribeirinha, a interrupção de canais d’água com a consequente morte da fauna e flora locais. Ainda, contaminação das águas e dos peixes por mercúrio causa sérios prejuízos não somente à natureza, mas, também, à saúde da população”, afirma a nota da PF.
Protestos
Irritados com a destruição de seus equipamentos pela PF, proprietários de balsas realizaram um protesto que durou três horas na quarta-feira, praticamente interditando um trecho da BR-319 entre Manaus e Porto Velho.
Eles atearam fogo em pneus e prometeram voltar à carga se a PF der sequência às suas operações contra a extração ilegal de ouro no Madeira.
Sucessão no TJAM
Nos bastidores, o desembargador Délcio Luís Santos desponta como favorito para vencer a disputa sucessória que começa a agitar o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
No entanto, outros desembargadores se articulam, prometendo esquentar o jogo nos próximos dias, de olho no comando da Corte, mas também focando os cargos de vice-presidente e corregedor-geral.
A corrida aos votos para decidir a contenda está prevista para o início de novembro.
“#Professor, meu orgulho”
O prefeito de Manaus, David Almeida, participou, na noite de terça-feira (11), da festa “#Professor, meu orgulho”, realizada no sambódromo, na Avenida Pedro Teixeira, em alusão ao Dia dos Professores, comemorado em 15 de outubro.
No evento, organizado pela Semed, David parabenizou os servidores pelo empenho durante o ano letivo e os desafios ao elevar os índices da educação básica de Manaus, transformando-a em uma das melhores do país.
Wilson turbina
Na dianteira das pesquisas eleitorais, o governador Wilson Lima (União Brasil), que disputa a reeleição, turbina sua campanha em Manaus.
Ontem, ao lado de parlamentares e assessores, ele caminhou na Zona Oeste e se reuniu com lideranças jovens da Zona Centro-Sul, quando ouviu reivindicações e divulgou propostas que pretende implementar a partir de janeiro de 2023 se obtiver a reeleição.
Fechado com Braga
Conforme a defensora Carol Braz, o apoio do PDT é total à candidatura do senador Eduardo Braga (MDB) ao governo do Estado neste segundo turno de eleições.
Stones Machado, um dos dirigentes históricos do partido, confirmou o apoio integral à campanha do candidato emedebista que nesta semana, a exemplo do adversário Wilson Lima, concentra sua busca de votos nas periferias de Manaus.
Festa bolsonarista
Grupos bolsonaristas comemoram nas redes sociais os números do Instituto Paraná Pesquisas que apontaram empate técnico entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da batalha de votos pelo Palácio do Planalto.
O placar, de 51,9% dos votos válidos contra 48,1%, foi festejado pelos bolsonaristas como o início da virada do atual presidente sobre o candidato petista.
Negligência
Conforme o Diário Oficial da União (DOU), de 28 de dezembro de 2021, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) avisou o Governo Federal sobre a situação de “risco iminente” em pontes da BR-319.
O ex-superintendente regional do órgão, Afonso Lins Júnior, escreveu em documento publicado no DOU: “Situação de Emergência na rodovia BR-319/AM no trecho do Km 13,00 (Fim Travessia Rio Amazonas (Careiro) ao Km 178,50 (Fim da Pavimentação), haja vista as condições em que se encontra a BR-319/AM”.
Ninguém ligou para o aviso até que aconteceram os desabamentos trágicos das pontes que expuseram a situação de negligência com relação aos serviços de manutenção da rodovia.
É o Brasil …
É no máximo risível o apoio de vários partidos a um projeto de lei, em tramitação no Congresso Nacional, que criminaliza erros dos institutos de pesquisas eleitorais e prega a punição de até 10 anos de prisão aos infratores.
São os casos de PL, PP, União Brasil, PSC e Podemos, que, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral, manifestaram apoio ao projeto, mas usaram R$ 13,5 milhões do Fundo Eleitoral para gastar com pesquisas.
O Podemos, inclusive, vai mais além defendendo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos no Congresso.
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