Em reunião com um grupo de economistas em Brasília, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o atual cenário internacional, com o conflito entre Rússia e Ucrânia, é desfavorável ao Brasil. À imprensa, o chefe da Assessoria de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, reforçou a preocupação de Guedes alegando que o conflito não é algo que o governo brasileiro possa controlar.
Guedes e seus assessores, como não poderia deixar de ser, temem uma drástica redução da atividade econômica nos Estados Unidos e na China, o que aferia muito o Brasil. Por exemplo, eles temem que, de repente, os EUA elevem a taxa de juros devido ao processo inflacionário, com graves consequências à economia brasileira.
A equipe econômica de Guedes, pelo sim, pelo não, já se prepara para uma possível deterioração do cenário internacional, exigindo esforços na direção de medidas de consolidação fiscal e reformas pró-mercado. Esse seria o instrumento mais adequado para o enfrentamento imediato da crise.
No entanto, a equipe de Guedes vê dificuldades para implementar certas medidas que poderão não ser digeridas pelo Congresso Nacional neste período de pré-campanha eleitoral, como a questão da desoneração da gasolina. Loucos por votos, os políticos não querem saber de problemas com suas bases eleitorais, e vetarão tudo que não lhes parecer palatável. Nem por sonho concordarão com qualquer “esforço de guerra”.
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