Curitiba (PR) – O Estado do Paraná, no Brasil, detém o maior contingente de descendentes de ucranianos no País. Desde a noite desta quarta-feira (23), quando as tropas da Rússia começaram a invasão da Ucrânia, integrantes da comunidade ucraniana no Estado acompanham apreensivos as notícias que chegam do Leste Europeu e buscam formas de ajudar amigos e parentes que moram no país. As informações são da Folha de São Paulo.
“Acabo de receber notícias de que meus parentes na Ucrânia estão abrigados no porão de casa e fizeram um estoque de comida”, conta a engenheira química, Rubia Moisa, 48, de Curitiba, que é neta do ucraniano Teodoro Dubowski.
Escalada de tensão
Diante da escalada das tensões, integrantes da comunidade ucraniana, reuniram-se durante a manhã com representantes da embaixada da Ucrânia para pressionar o governo brasileiro a condenar oficialmente a invasão russa.
“A Embaixada ucraniana nos apoia neste pedido ao governo brasileiro para que se posicione oficialmente a respeito da invasão russa, em especial a Presidência da República, que ainda não se posicionou”, afirma Felipe Oresten, 33, presidente da Sociedade Ucraniana do Brasil.
Ele relata que em algumas regiões da Ucrânia as comunicações telefônicas e pela internet estão complicadas. Diz ainda que a situação é tão confusa que os próprios ucranianos não têm acesso a informações 100% confiáveis.
“O sentimento é de impotência. O que está acontecendo é um retrocesso na liberdade e soberania de um país. Temos muitos amigos lá e infelizmente não podemos ajudá-los. Alguns estão com medo, outros estão procurando mantimentos básicos, como comida e água, e abastecendo o carro”, diz Oresten, completando que o tempo todo recebe imagens de pessoas fugindo de suas casas e de sirenes tocando.
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