Manaus (AM) – Com a chegada do inverno amazônico – período intenso de chuvas na região –, os órgãos de saúde do Governo do Amazonas alertam para a alta no número de casos de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti, como a dengue. Para evitar o aumento de ocorrências da doença, neste período, autoridades de saúde reiteram que combater a proliferação do mosquito continua sendo a forma mais eficaz de prevenção da doença, que pode levar à morte.
“O início do período chuvoso nos traz uma série de preocupações com as doenças de transmissão respiratórias, virais, bacterianas e também a dengue, porque o nosso inverno se caracteriza por um regime maior de chuvas, e isso faz com que haja a existência de criadouros do mosquito, que já está totalmente adaptado ao ambiente urbano”,
explicou Antônio Magela, infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), que não teve internações registradas no início do mês de novembro.
Em sua maioria, os casos de dengue, segundo o infectologista, não são graves ou necessitam de internação médica. No entanto, a doença precisa ser diagnosticada precocemente para evitar a evolução para um caso grave.
“Existe um período crítico da doença, entre o terceiro e o sexto dia. Pacientes que estejam nesse período e com sinais de gravidade, esse sim são os que vão merecer uma internação hospitalar, para que o tratamento seja mais agressivo e até mais eficaz”, afirmou Magela.
Prevenção
Além das campanhas preventivas realizadas pela SES-AM no sentido de deflagrar o índice de infestação predial e o risco para a população, as autoridades destacam a importância da população com ações para inativar qualquer suposto criadouro do mosquito Aedes Aegypti.
“Essa é a principal ação, eliminar os focos de criadouros do mosquito, porque é de onde que vão surgir os mosquitos que estão infectados e que vão picar as pessoas e transmitir a doença. E a gente joga com uma situação de probabilidade: quanto maior o número de casos, maior a probabilidade de ocorrerem casos graves, e em consequência, o risco de ocorrerem mortes”,
destacou Antônio Magela.
O infectologista alertou para as ações que podem combater o criadouro do mosquito transmissor do vírus. Evitar o acúmulo de água em recipientes grandes ou pequenos é a principal medida combativa.
“Esse mosquito já adquiriu uma inteligência evolutiva e biológica no sentido de saber que aquele recipiente, por mais que ele esteja seco, a qualquer momento ele vai ter água. O inimigo real é o Aedes aegypti, e a melhor arma que nós temos para combatê-lo é destruir os seus criadouros, evitar qualquer situação, qualquer recipiente, do menor ao maior, que possa acumular água, seja reservada, seja água da chuva, e o importante é identificar esses criadouros e inativá-los”, concluiu.
*Com informações da assessoria
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