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Dia da Consciência Negra

Ritmos afros fortalecem as raízes da cultura popular em Manaus

Neste Dia da Consciência Negra, artistas da Mostra Amyipaguana ressaltam importância das raízes afrodescendentes na construção da cultura popular

Mostra continua nesse domingo (20) - Foto: Divulgação

Manaus (AM) – Neste domingo (20/11), Dia da Consciência Negra, artistas refletem sobre as raízes da cultura popular, presentes no evento Amyipaguana – Mostra de Cultura Popular promovido pelo Governo do Amazonas, por meio, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

A programação da Amyipaguana enfoca temas contemporâneos, defende narrativas, vivências e lutas dos povos negros, assim como a música e a cultura afro-amazônica. O secretário executivo da pasta, Luis Carlos Bonates, aponta que o evento vai além da difusão das diversas expressões da cultura popular, e assume uma perspectiva educacional.

“Estreitar o contato entre diferentes linguagens e o público é tornar a cultura popular palpável. As músicas contam muito sobre a história das comunidades e do folclore brasileiro, das raízes africanas da nossa história”,

enfatiza o secretário executivo, mestre de capoeira e idealizador do movimento.

Entre os grupos atuantes na Amyipaguana está o Maracatu Pedra Encantada, formado por mais de 20 artistas, batuqueiros e produtores culturais, com sete anos de atuação em Manaus. A coordenadora do grupo, Erika Tahiane, explica que o toque de maracatu de baque virado faz ecoar os desafios enfrentados pelos movimentos.

“O grupo segue expandindo o baque das ondas na região amazônica através de apresentações, oficinas, exposições, rodas de conversas e participações especiais, fortificando as raízes da cultura preta do baque virado e contribuindo na luta contra o racismo e a intolerância religiosa”,

aponta Erika.

Mulheres na cultura

Os desafios enfrentados pelos movimentos culturais populares possuem a marca do empoderamento feminino , como cita a multiartista e agitadora cultural, Cléia Alves, também integrante do Maracatu Pedra Encantada e do grupo Malungo Dudu, este adepto de vários ritmos, como samba reggae, afoxé, reggae e músicas do candomblé e umbanda.

“A História mostra que a mulher sempre esteve atuando muito intensamente na cultura popular, mas muitas das vezes somente nos bastidores, cozinhando, costurando, bordando (…) enquanto os homens tocavam, cantavam e dançavam nos folguedos, batuques e grupos de brincantes”. Eu sigo tentando tocar o tambor e representar a mulher nesse lugar. A luta é diária e contínua”.

pondera Cléia

Outros movimentos que fortalecem as raízes da cultura popular estão na programação da Amyipaguana. Integrantes dos grupos serão protagonistas nas palestras e oficinas durante o evento. O calendário completo das atividades está disponível nas redes sociais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Amyipaguana

A Amyipaguana – Mostra de Cultura Popular chegou a sua terceira edição com atividades que iniciaram na sexta-feira (18/11), no Largo de São Sebastião.

A programação da mostra segue até o dia 26 de novembro, com oficinas e palestras no Teatro Gebes Medeiros, além de documentários exibidos nas plataformas digitais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. “Amyipaguana”, do tupi-guarani, significa “ancestralidade”.

*Com informações da assessoria

Edição web: Hector Silva

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