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Eleições na CMM

Eleição na CMM ainda é incerta e nomes para presidência são debatidos

A eleição está prevista para ocorrer no dia 21 de dezembro

Manaus (AM) – A menos de um mês para a eleição da Mesa Diretora na Câmara Legislativa do Amazonas (CMM), ao menos três vereadores já se lançaram como candidatos ao cargo de presidente. No horizonte da disputa, o atual mandatário da casa, David Reis (Avante), perde espaço por não conseguir emplacar mudanças na Lei Orgânica de Manaus (Loman), manobra decisiva para lograr a reeleição, e rejeitada por parte dos parlamentares.

Com previsão para ocorrer no dia 21 de dezembro, a eleição para a presidência da CMM já tem impulsionado articulação entre os parlamentares. Um dos nomes mais especulados nos bastidores é o da vereadora Yomara Lins (PRTB) descrita como moderada e por boa articulação entre os poderes.

O 1° vice-presidente, vereador Wallace Oliveira (Pros), também é outra figura com forte inclinação para entrar na disputa. No entanto, ao Em Tempo, afirmou possuir “nenhum interesse em ser candidato a presidência da CMM”.

Nesta segunda-feira (21), durante a plenária, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) destacou que decidiu se lançar na disputa de forma independente.

“Qualquer um de nós pode ser candidato. Mas muitos só fazem aquilo que o partido determina. No meu caso, eu prefiro agir com independência. No meu mandato só quem manda é o povo que me elegeu. Portanto, como não tenho rabo preso com ninguém, vou disputar a presidência da Câmara”, disse.

O vereador Jaildo Oliveira (PCdoB) também já anunciou que pretende concorrer à presidência da Câmara para o próximo ano. Ele é um dos parlamentares que se posicionou contra a mudança na Loman encabeçada pelo presidente David Reis.

“Vivemos em um momento de tantas incertezas e essa é uma que não deve pairar sobre nossas cabeças. Creio que uma gestão de dois em dois anos é saudável para a pluralidade deste Poder Legislativo”, afirmou Jaildo.

Outro nome disposto a concorrer à presidência é o vereador Rodrigo Guedes. Ao Em Tempo, o parlamentar afirmou que sua candidatura é uma forma de protesto à tática de David Reis em alterar a Loman e se candidatar à reeleição. Também enfatizou que decidiu se candidatar por entender que a Câmara “precisa mudar”.

“A câmara precisa estar mais conectada com a população, e também ter práticas diferentes. A gente precisa de um poder legislativo mais transparente que a população se sinta parte ou representada ali pelo poder legislativo. A população está fora das discussões”, disse.

Mudança na Lei Orgânica

Os vereadores Jaildo e Rodrigo Guedes não são os únicos a se opor à manobra do David Reis de alterar a Loman. No dia 20 de outubro, parlamentares da CMM produziram um documento contrário às mudanças na norma. Cerca de 20 vereadores assinaram o texto.

O principal objetivo do atual presidente Davis Reis em alterar a Lei Orgânica de Manaus é para conseguir concorrer no mesmo cargo da Mesa Diretora. No entanto, a reeleição para a mesma legislatura é proibida pelo regimento interno da CMM.

Nesse sentido, David Reis, que ainda não oficializou sua candidatura para a presidência na Aleam, precisaria de votos suficientes dos parlamentares para aprovar as mudanças na Lei Orgânica.

Articulações

Na tarde desta segunda-feira (21), o prefeito de Manaus David Almeida (Avante), convocou vereadores aliados para um almoço. Entre as pautas tratadas, houve a discussão sobre o nome para comandar a CMM.

Fontes confirmaram ao Em Tempo que o atual comandante da Manauscult, Alonso Oliveira (Avante), é o nome defendido pela atual gestão municipal para assumir a presidência da Casa. Como suplente do vereador Wanderley Monteiro (Avante), eleito deputado estadual nestas eleições, Alonso assumirá o lugar de Monteiro no próximo biênio.

Outro nome que também era cotado para assumir a presidência da casa era o vereador Marcelo Serafim (Avante). Na sessão plenária desta segunda-feira, Serafim anunciou sua renúncia como líder do prefeito na Câmara.

“Hoje eu não tenho nenhuma condição de continuar na liderança. Essa Câmara precisa se unir, precisa ser madura nas decisões que vai tomar, num momento em que eu vejo de forma clara uma divisão. As coisas não poderiam ter chegado onde chegaram. Uma clara divisão. Eu não fico na liderança de uma base dividida”,

afirmou Marcelo Serafim durante a sessão.

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