Manaus (AM) – O juiz da vara de execução do Amazonas, Luís Carlos Valois, teve suas contas nas redes sociais retidas nesta segunda-feira (16). A suspensão veio pela determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As razões para a retenção das contas de Valois na internet ainda não foram esclarecidas.
O magistrado confirmou a suspensão da sua conta do Twitter por meio de uma publicação no Facebook, rede social em que seu perfil ainda não foi bloqueado. No post, Valois informou desconhecer os motivos para a suspensão da conta na rede social.
Também disse que iria respeitar a decisão do CNJ e se afastaria das outras redes sociais como o Instagram e o Facebook, que no momento da publicação não estavam suspensos.
Até a noite desta terça-feira (17), apenas o Facebook ainda não suspendeu a conta do juiz.
“Não sei o motivo ainda, não fui intimado, mas até em respeito à decisão do CNJ, não me manifestarei nas redes mesmo com a conta ainda não bloqueada. Vocês não verão da minha parte nenhuma queixa ou acusação de pessoas. Se institucionalmente eu errei, que isso seja resolvido de forma justa”, afirmou Valois.
Prisão de manifestantes
A determinação do CNJ para suspender as contas de Luís Carlos Valois veio após as recentes publicações do Juiz, nas redes sociais, sobre o sistema prisional brasileiro.
Nos posts, Valois escreveu a respeito das prisões dos manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que protagonizaram cenas de violência e destruição nas sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Em um dos posts critica o uso do celular pelos manifestantes presos, durante a detenção em um ginásio em Brasília. “Sendo o celular um instrumento ou prova do crime, deve ser apreendido sim”.
Luís Carlos Valois é conhecido por sua atuação como juiz garantista e defensor dos direitos humanos. Também ganhou visibilidade por ser ativo nas redes sociais.
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