Crise dos Yanomami MPF vai investigar responsabilidade do Estado na crise dos yanomami O órgão vai avaliar ações e omissões de agentes públicos Em Tempo* - 30/01/2023 às 18:2130/01/2023 às 18:21 Foto: Divulgação O Ministério Público Federal (MPF) abriu, nesta segunda-feira (30), um inquérito civil para investigar a responsabilidade de agentes do Governo na crise humanitária, sanitária e ambiental que atinge os Yanomami em Roraima. No novo inquérito, o MPF vai avaliar se ações e omissões de gestores e políticos contribuíram para atual situação na Terra Indígena Yanomami, a dimensão real da crise, as causas e impactos socioambientais e o grau de envolvimento de cada agente público. Para o MPF, os procedimentos em curso reúnem evidências suficientes para a responsabilização do Estado brasileiro. “Tal acervo revela um panorama claro de generalizada desassistência à saúde, sistemático descumprimento de ordens judiciais para repressão a invasores do território indígena e reiteradas ações de agentes estatais aptas a estimular violações à vida e à saúde do povo Yanomami”, diz o documento que trata da instauração do inquérito civil. Dezenas de procedimentos do MPF já apuram denúncias de desassistência aos indígenas de Roraima, além do garimpo ilegal, abuso de mulheres e crianças, entre outros. Crise humanitária Desde o dia 20 de janeiro, uma força-tarefa do governo federal atua na região da Terra Indígena Yanomami em resposta à crise humanitária enfrentada pelos indígenas. Segundo o governo federal, mais de 30,4 mil indígenas vivem na área que a União destina ao usufruto exclusivo dos yanomami. Motivado por denúncias de que a atividade ilegal de garimpeiros está contaminando os rios que abastecem as comunidades locais, destruindo a floresta e afetando as condições de sobrevivência das populações, o governo federal enviou para a Terra Indígena Yanomami, no início da semana passada, técnicos do Ministério da Saúde que encontraram crianças e idosos desnutridos, muitos pesando menos que o mínimo recomendável. Havia também pessoas com malária, infecção respiratória aguda e outras doenças, sem receber qualquer tipo de assistência médica. * Com informações da Agência Brasil Leia mais: Crise Yanomami: fome pode se expandir para o AM com o avanço do garimpo na Amazônia Comitiva chega a Roraima para ouvir lideranças Yanomami Lula manda cortar tráfegos fluvial e aéreo em área Yanomami Entre na nossa comunidade no Whatsapp!