O presidente Lula e aqueles que gravitam ao seu redor precisam tomar uma decisão importante para a gestão do aparelho estatal brasileiro e para o futuro político da esquerda no País: tentar destruir o ex-presidente Bolsonaro, levando-o, por qualquer meio disponível, à prisão e consequente inelegibilidade, ou descer do palanque e começar a governar o Brasil.
A tarefa de Lula é conciliar seus vassalos que ainda estão com sangue nos olhos e querem liquidar o adversário derrotado e aqueles, menos coléricos, que ponderam que, preso, Bolsonaro se tornaria um tipo de mártir, o que fortaleceria a direita.
Dar andamento ao linchamento político de Bolsonaro, temem alguns esquerdistas, poderia acirrar a polarização e dificultar a tramitação de matérias importantes para o governo Lula no Congresso, além de poder gerar reações de difícil previsibilidade e manejo por parte dos 58 milhões de eleitores do ex-presidente. Destruir Bolsonaro pode custar caro demais.
A esquerda venceu, não há dúvida. Lula está no poder e Bolsonaro é ameaçado de prisão a todo momento por randolfes, lindberghs e kataguiris. Mas, será que a direita está mesmo liquidada? Será que o atual governo Lula conseguirá repetir os índices de aprovação popular sem a riqueza fácil do boom das comodities dos anos 2000, com déficit fiscal crescente e com o fogo amigo das disputas internas por cargos nos ministérios?
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