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Carnaval 2023

Destaques da primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro

Homenagens foram prestadas a Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e religiões de matriz africana

Com homenagens emocionantes, grandes nomes da música, e apesar dos problemas logísticos do Salgueiro, os desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro iniciaram neste domingo (20) na Marquês de Sapucaí. Confira os destaques da madrugada.

A homenagem do Império Serrano a Arlindo Cruz causou comoção dentro e fora da Avenida. O grande número de artistas que fez questão de marcar presença no desfile chamou atenção. Péricles, Marcelo D2, a apresentadora Regina Casé, o humorista Hélio De la Peña e o jogador Junior foram alguns deles. “Foi o melhor desfile da minha vida’’, disse D2 ao fim da passagem da escola.

A satisfação de Zeca Pagodinho, que foi enredo da Grande Rio, era visível. O sambista foi ovacionado pelo público durante todo o desfile da agremiação de Caxias, acompanhado de amigos e da família. A mulher do sambista, Mônica Silva, fez sua estreia na Sapucaí e não escondeu o nervosismo. Ela confidenciou ainda que Zeca também estava tenso: “É uma responsabilidade muito danada’’, resumiu Mônica.

Na Unidos da Tijuca, que levou A Baía de Todos os Santos para a Avenida, a grande surpresa ficou por conta de Juliana Alves, que surgiu como Iemanjá na Comissão de Frente, assinada este ano pelo carnavalesco Jack Vasconcelos. A alegoria representava as águas que banham Salvador. A atriz, que já foi rainha de bateria da escola do Borel, foi muito festejada pelo público.

Em meio a um desfile do Salgueiro que apostou no gigantismo e teve problemas com o tamanho exagerado dos carros alegóricos, quem se destacou mais uma vez e levantou a galera, como de costume, foi a rainha de bateria Viviane Araújo. O carnaval 2023 é o primeiro de Viviane como mãe (no ano passado ela desfilou grávida) e este é seu 15º ano à frente da Furiosa, dos mestres e irmãos Guilherme e Gustavo. Ainda na concentração, ela disse que depois de ter filho, a preparação foi “mais ou menos’’. Mas a mãe do pequeno Joaquim arrasou.

Também no Salgueiro, o puxador Quinho marcou presença na Avenida e esperou o momento para dar o grito de guerra da escola. Melquisedeque Marins, que tem 30 anos de relação com a Vermelho e Branco, está em tratamento contra um câncer e impossibilitado de cantar por um desfile todo.

Evelyn Bastos completou em 2023 nada menos do que 10 anos à frente dos ritmistas da Estação Primeira de Mangueira. Filha da comunidade, ela esbanjou desenvoltura e simpatia no desfile deste ano e foi considerada por muitos a rainha que mais brilhou na primeira noite do Grupo Especial, vestindo uma fantasia ousada.

A Verde e Rosa, aliás, manteve as arquibancadas do Sambódromo do Rio lotadas até o fim, com o sol já surgindo no céu. Com um samba que empolgou o público e repleta de mangueirenses apaixonadas como Leci Brandão, Alcione e Rosemary, além da presença da ministra da Cultura Margareth Menezes, que desfilou em um dos carros, a Mangueira puxou um cortejo de gente que foi para o chão e seguiu atrás da escola na Avenida, soltando os gritos de “é campeã’’.

*Com informações do Extra

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