Em sua segunda passagem pelo Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva parece ter perdido a mão para lidar com números e dados concretos sobre o Brasil. Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, Marina afirmou que 120 milhões de pessoas estariam passando fome no Brasil. No dia seguinte, o número foi corrigido para 33 milhões.
Na ocasião, dados do Banco Mundial e do IBGE desmentiram a ministra. Ontem, ao tentar justificar aumento de queimadas em 2023 apontado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Marina sacou uma hipótese ao estilo Lula ou Dilma: o aumento das ações de fiscalização por parte do governo federal estaria provocando o aumento das queimadas. Lógica impecável.
A técnica de manipular números controversos também é dominada pelo presidente Lula. Isso tornou-se de domínio público pelo próprio Lula, que, num vídeo viral, admitiu que “era bonito a gente viajar o mundo e dizer: no Brasil têm 30 milhões de crianças de rua! (…) A gente ia citando números, sabe? Se o cara perguntasse a fonte, a gente não tinha, mas agente ia citando números”.
O que os tropeços de Marina e a confissão de Lula deixam claro é que, nem sempre, nossos representantes, mesmo os mais incensados salvadores da pátria, da Amazônia, dos pobres, são verdadeiros ao falar com o público, o que nos exige atenção, memória e senso crítico como ouvintes.
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