Um vídeo onde Agenor Tupinambá, o influencer que ficou conhecido por filmar a rotina com a capivara “Filó” e por ser multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil, aparece em um rodeio segurando um porco em condição de maus-tratos tem gerando criticas ao fazendeiro nas redes sociais. A publicação foi feita na noite desta terça-feira (25), pela ativista da causa animal Luisa Mell.
Na gravação, Agenor ajuda a abrir a porteira e em seguida um outro homem aparece arrastando um porco pela pata traseira até o meio de uma arena. O animal parece enfraquecido e seria usado para ser perseguido, mas fica imobilizado até ser cercado por crianças, que correram para capturá-lo.
“Não vai sobrar um pedaço de porco”, diz o locutor, enquanto a criançada pula e corre em cima do animal.
Nas redes sociais Luisa fez publicações pontuando a indignação com o cenário. Ela ainda marca o perfil do fazendeiro, que se se manifestou por meio de nota no Instagram. Veja o posicionamento completo dele no final da matéria.
“O herói da capivara. Por favor, não chamem ele de protetor de animais. Essa é uma das cenas mais assustadoras que já vi. Vídeo de 2022, se você acha isso bacana, cultural, você está no lugar errado. Aqui defende-se todos os animais”, escreveu Luisa. Veja abaixo.
Luisa havia sido marcada em várias postagens de Agenor desde quando ele foi multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil, acusado de maus-tratos e de criar animais silvestres como se fosse pet. Ela, no entanto, nunca havia se manifestado, até fazer a critica nesta terça.
Muitos internautas ficaram surpresos com a revelação e chegaram a criticar a atitude de Agenor, ele publicou um posicionamento, onde explica que a situação é comum em Autazes, no interior do Amazonas. Veja íntegra:
Ano passado fui convidado para participar do Autazes Fest, evento tradicional da minha cidade. E eu fui. Um certo momento, fui chamado para ficar no meio da arena enquanto um porco foi solto para que crianças corressem atrás dele. Infelizmente, é uma situação tradicional em rodeios e que fazem parte da realidade onde cresci. Hoje a minha visão é outra.
Ao assistir o vídeo, é possível ver que não sou eu quem solta o porco e o arrasta pelo rabo. Foi uma situação inesperada onde eu fiquei sem saber como agir diante de todos. E um ponto relevante que não está no vídeo é que sou eu quem retira o porco do meio da confusão. Obviamente, por estar lá presenciando a cena, eu gostaria de colocar dois pontos em respeito a quem me segue.
1 – Peço desculpas por não ter agido de uma forma mais ativa naquele momento, que serviu para eu refletir e rever minhas atitudes. Um dia já fui uma pessoa que não via problema algum em rodeios e hoje não sou mais essa pessoa.
2 – Um momento isolado não pode definir quem eu sou. Ninguém pode ser definido por um recorte, uma única ação. Um vídeo passado, diante de tantos outros que vieram depois e demonstram meu cuidado com tantos outros animais, mostram que estou em constante evolução. Eu amo os animais e ainda tenho muito o que aprender na causa.
Como pessoa pública, entendo o lugar de ser constantemente julgado. Também entendo que muitos protetores de animais e referência na causa pra mim, também já cometeram erros antes da consciência sobre o bem estar animal. Eu só peço sinceramente que antes de qualquer julgamento definitivo, venha uma compreensão melhor de quem eu sou hoje.
Com carinho, Agenor.
Apoio de parlamentar
A deputada Joana Darc (UB) que tem apoiado Agenor na defesa do caso da capivara “Filó” também se manifestou sobre o caso por meio de nota. Confira.
Recebi o vídeo postado pela Luisa Mell, na noite desta terça, situação que não tínhamos conhecimento. Assim como ela, aguardo explicações sobre as condições pelas quais ele foi feito.
No momento, nossa luta é pela permanência da Filó em seu habitat natural, reforçando nossa postura contra qualquer movimento que coloque animais em situação de vulnerabilidade.
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