Salvador (BA) – Em Salvador, Bernardo Oliveira Ribeiro chegou ao mundo de uma maneira inusitada. Empelicado, ou seja, coberto por uma película, ele nasceu junto com seu irmão, Rafael, em um parto raro no Hospital Português.
Bernardo e Rafael nasceram em 1º de maio e são filhos de Jaqueline Melo Oliveira e Darlan Ribeiro, moradores da capital baiana. Apesar do fenômeno atípico ter ocorrido, Jaqueline não conseguiu ver o parto por causa do tecido colocado pela equipe médica, mas ficaram encantados com as imagens do nascimento feitas pela fotógrafa Renata Casali.
Jaqueline Oliveira sempre sonhou ser mãe e há 14 anos tentava engravidar. Para registrar o momento especial, contratou Casali, que há oito anos atua com fotos de parto. “Fico sempre envolvida no momento. Atenta a tudo que acontece para registrar de maneira discreta e tranquila. Quando o segundo bebê veio empelicado, o obstetra me avisou e me posicionei no centro para pegar ele vindo de rostinho. Fico sempre encantada quando momentos assim acontecem”, afirma.
Ela conta que ao longo de sua carreira já presenciou experiências inusitadas, como pais desmaiando; a mão do bebê saindo primeiro do que ele; e o nascimento de gêmeos, sendo que um nasceu em casa e o segundo depois maternidade.
Na hora do nascimento, para capturar o melhor momento, é preciso técnica e experiência, afirma a fotógrafa. “A luz do centro é pontual. São anos fazendo isso é entendendo como cada obstetra trabalha para extrair a fotografia mais legal”, explica.
O que é o fenômeno?
Segundo informações do Instituto Nascer, clínica obstétrica humanizada, O “parto empelicado” acontece quando a bolsa amniótica, que protege o bebê durante a gravidez, não se rompe durante o trabalho de parto e parto. Desta forma, o bebê nasce dentro da bolsa amniótica.
Essa forma de nascimento é uma ocorrência raríssima e estima-se que um em cada 80.000 bebês nasçam empelicado. Esse fenômeno, no entanto, não traz nenhum malefício para a mãe e para o bebê.
“Os pais, na verdade, viram o que aconteceu apenas após eu enviar os registros e ficaram agradecidos por poderem guardar esse momento. Os obstetras ficam tensos para que tudo corra bem, como em todo parto, mas terminou com todos felizes”.
*Com informações do Istoé
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