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Investigação

Polícia e MP do Rio de Janeiro vão investigar influenciadoras por racismo

Em vídeos, elas fazem uma espécie de jogo racista com crianças negras

Foto: Divulgação\ Redes Sociais

Rio de Janeiro – A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro vão apurar uma denúncia de racismo que está chamando a atenção nas redes sociais. Duas influenciadoras publicaram vídeos em que aparecem fazendo uma espécie de jogo racista com crianças negras. Elas abordaram as crianças na rua e ofereceram embalagens de presente contendo uma banana e um macaco de pelúcia.

O conteúdo foi denunciado pela advogada Fayda Belo, especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios.

Em um vídeo publicado em duas redes sociais, Fayda argumenta que o ato configura crime de racismo recreativo.

“Mas não é piada não. O nome disso é racismo recreativo. Usar da discriminação contra pessoas negras com o intuito de diversão, de descontração, de recreação, agora é crime. Você pode receber uma pena de até quase 8 anos de cadeia.”

Na postagem, Fayda Belo convocou as pessoas a denunciarem o crime ao Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com o MP, até a tarde desta quarta-feira, cerca de 700 comunicações relativas ao caso foram recebidas. O caso foi distribuído para a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital, para análise do fato e adoção das medidas cabíveis.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância também instaurou um procedimento de investigação e vai analisar os vídeos. Além disso, a Polícia Civil afirmou, em nota, que diligências estão em andamento para identificar todos os envolvidos e apurar os fatos.

Após a repercussão, os vídeos foram apagados. Em nota, a defesa das influenciadoras alegou que elas não tinham intenção de fazer qualquer referência a temáticas raciais ou à discriminações de minorias. O texto pede ainda que a justiça seja feita e que todas as partes tenham a oportunidade de apresentar seus argumentos. Além disso, diz que elas vão cooperar plenamente com qualquer investigação conduzida pelas autoridades.

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