Manaus (AM)- O Amazonas é terra de grandes talentos, um celeiro de pessoas com habilidades para a música, dança, o teatro, e não seria diferente na área da produção audiovisual.
O Amazonas Em Tempo entrevistou o produtor audiovisual amazonense Thiago Morais de Lima Junior, que teve o seu mais recente curta-metragem de animação “Cem Pilum – A História Do Dilúvio” selecionado para a mostra competitiva do 15º Curta Taquary, que acontecerá de 16 a 22 de março em Pernambuco.
Essa não é a primeira vez que Thiago vai ter um de seus trabalhos exibidos nacionalmente. Perguntado sobre como e quando iniciou no mundo artístico do audiovisual, o produtor contou um pouco de sua trajetória.
“Minha história com produção de vídeos começou em 1995, quando trabalhei em uma emissora de TV e os colegas de trabalho sempre diziam que eu fazia imagens “diferentes” do padrão de TV. Conheci alguns alunos do curso de Publicidade que me chamavam para fazer vídeos para compor seus trabalhos da faculdade, e logo me interessei pelo curso e prestei vestibular em 2000. Quando entrei na faculdade, produzi alguns trabalhos em vídeo que sempre chamavam a atenção dos professores. Então, em 2003 participei do meu primeiro festival nacional e fui premiado”, contou.
Após a primeira conquista e sentindo-se motivado, Morais fez Produção Audiovisual como segunda graduação, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Em seu trabalho de conclusão de curso produziu o curta metragem “A Estranha Velha Que Enforcava Cachorros”, que participou de 53 mostras e festivais entre 2018 e 2020.
Para ele, ter os seus trabalhos exibidos em todo o país é relevante e também uma oportunidade de expor a arte regional, além de promover o desenvolvimento profissional, tendo contato com culturas, artes e ideias diferentes.
“Muitos produtores audiovisuais do Amazonas estão sendo selecionados para festivais nacionais e internacionais, e isso é muito importante para a classe artística. É a oportunidade de mostrarmos a produção local, que é feita com qualidade e concorre junto com trabalhos de vários lugares, além da possibilidade da troca de conhecimentos e o intercâmbio cultural que acontece nos festivais”, disse.
Thiago contou, também, com alegria, que o curta “Cem Pilum – A História do Dilúvio” será o filme de abertura da Mostra em Pernambuco, conforme foi-lhe informado pela organização do evento.
O curta foi produzido em 2021. É o resgate de uma das histórias contadas pelo aquarelista Feliciano Lana, fazendo uma homenagem ao artista, que foi vítima da covid 19 e faleceu em 12 de maio de 2020.
Segundo Morais, o filme retrata nossa cultura. “Tivemos o cuidado de não alterar a história nem os traços do Feliciano, e para isso utilizamos uma técnica simples de animação em 2D. Também pensando na cultura Dessana, que é a etnia do Feliciano Lana. O compositor da Trilha sonora, César Lima, realizou uma pesquisa de cantos e instrumentos Dessana. O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc – Prêmio Feliciano Lana da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas”, disse.
Sobre os projetos para este ano, Thiago revela que tem novas produções a caminho. “Tenho outro filme pronto, o curta-metragem “Beto”, que é uma ficção retratando uma família que vive em uma comunidade amazônica e o cenário da pandemia”, contou.
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