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Esclarecimentos

PC-AM nega omissão na prisão de policial que deu arma para esposa durante briga em Manaus

Delegado-geral enfatizou que a instituição não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores, e assegurou que, além da parte criminal, todas as transgressões administrativas também serão apuradas.

Reprodução

Em coletiva de imprensa para falar sobre o caso do investigador de polícia Raimundo Nonato Machado, que foi preso após agredir um advogado em Manaus, o delegado-geral Bruno Fraga falou, nesta seunda-feira (21), que não houve omissão por parte do plantão do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) no momento da apresentação dos envolvidos.

O fato aconteceu na sexta-feira (18) e o investigador só se entregou no domingo (20), após o promotor Daniel Leite Brito pedir a prisão.

No despacho, o promotor considerou que o delegado responsável agiu para dificultar a compreensão exata dos fatos e omitiu pelo menos três crimes, entre eles, tentativa de homicídio. A justiça aceitou todos os argumentos da promotoria.

O delegado-geral prestou solidariedade às vítimas e enfatizou que a instituição não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores, e assegurou que, além da parte criminal, todas as transgressões administrativas também serão apuradas.

“As materialidades apresentadas fez com o que o delegado plantonista decidisse por imputar o crime de lesão corporal ao investigador e flagrantear a esposa dele por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça”, disse Bruno Fraga.

Fraga esclareceu, ainda, que pode haver uma alteração na tipificação do que foi imputado ao servidor, para que ele responda a outros crimes. Isso ocorrerá a partir da análise técnica que será feita durante o prazo legal do Inquérito Policial (IP) instaurado no 19º DIP.

O delegado-geral adjunto reforçou que, no decorrer do procedimento, as testemunhas do fato serão ouvidas e as imagens da câmera de segurança, bem como o laudo pericial e demais materialidades, serão analisadas.

“Reiteramos que a PC-AM reprova o ocorrido e não coaduna com qualquer tipo de violência para solucionar conflitos. Colocaremos todos os esforços para que os fatos sejam esclarecidos e iremos apurá-los com todo rigor. Novamente, nos solidarizamos com as vítimas e repudiamos a conduta do investigador”, disse Guilherme Torres.

O investigador permanece na carceragem da PC-AM, à disposição da Justiça.

Os procedimentos administrativos foram abertos na Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública (Correg), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), para apurar a conduta do servidor.

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