São Paulo (SP) – A direção da Universidade Santo Amaro (Unisa) decidiu expulsar seis estudantes de Medicina que teriam participado da masturbação coletiva, apelidada de “punhetaço”, durante uma partida de vólei feminino em um torneio universitário na cidade de São Carlos, no interior de São Paulo.
O episódio ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, mas os vídeos viralizaram só no último fim de semana e provocaram revolta nas redes sociais.
Nesta segunda-feira (18), a Polícia Civil instaurou inquérito para identificar os estudantes envolvidos no ato obsceno, crime com pena prevista de três meses a um ano de prisão.
O Metrópoles apurou que a direção da Unisa, que fica na zona sul da capital paulista, já identificou seis alunos e decidiu expulsá-los da universidade nesta segunda-feira. Os nomes deles não foram divulgados.
A reitoria da instituição só teria tomado conhecimento do episódio nesta segunda, após a reportagem, e decidiu desligar os estudantes identificados rapidamente. A Unisa deve divulgar um comunicado oficial sobre o caso apenas nesta terça-feira (19).
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Unisa e a Secretaria Municipal de Esportes de São Carlos, onde ocorreu o evento, serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre o “punhetaço” promovido pelos alunos de Medicina.
A investigação preliminar mostra que os estudantes do time de futsal masculino da universidade invadiram a quadra e passaram a desfilar nus logo após o time para o qual torciam vencer uma partida de vôlei feminino contra outra instituição.
“Nos vídeos que circulam na internet, é possível ver o grupo mostrar as genitálias e, na sequência, fazer atos obscenos voltados para a quadra”,
diz a SSP, em nota.
Veja o vídeo:
Ato obsceno
O artigo 233 do Código Penal proíbe praticar “ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. A pena prevista é de até um ano de reclusão ou multa.
Alunos da Universidade Santo Amaro ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a prática é considerada “normal” em eventos universitários de Medicina.
“Tava todo mundo zoando. Não tem nada a ver com bater punheta. A ideia era mostrar o pau para a torcida rival, isso é normal em jogos de Medicina. Jogo de Medicina é como se fosse um outro universo. A gente sabe separar as coisas. Ninguém vai sair fazendo isso por aí”,
afirma um aluno que pediu para não ser identificado.
Durante o Intermed, realizado entre 7 e 10 de setembro, em Bauru, estudantes da Unisa deram uma espécie de “volta olímpica” com as calças arriadas e pênis de fora (foto em destaque). As imagens também viralizaram durante o fim de semana.
Essa, dizem os alunos, seria uma tradição dos jogos. A “volta olímpica” costuma acontecer durante a abertura do evento.
Relembre o caso
Estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro viralizaram nas redes sociais ao realizarem um ato de masturbação coletiva durante uma partida de vôlei feminino válida por um torneio universitário, em São Carlos (SP).
O fato ocorreu em maio deste ano, durante a Copa Calo, mas os vídeos viralizaram neste fim de semana na internet causando revolta nas redes sociais.
Nas imagens, é possível ver um grupo de alunos na plateia com calções abaixados, com o pênis de fora, se masturbando enquanto fazem uma volta em torno da quadra.
O influenciador e empresário Felipe Neto, compartilhou as imagens em suas redes sociais cobrando um posicionamento da Universidade Santo Amaro, que ainda não se manifestou.
O EPISÓDIO FOI BASTANTE CRITICADO NAS REDES SOCIAIS
*Com informações do Metrópoles
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