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Imigração

EUA liberam vistos de trabalho para 500 mil imigrantes venezuelanos para aliviar crise

Governo de Nova York fez apelos, a medida que a administração de Joe Biden envia mais militares para a fronteira com o México

Migrante da Venezuela caminha pela rua após ser liberado da custódia da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA em El Paso, Texas, EUA. 21/12/2022REUTERS/Carlos Barria/File ; Foto: Elizabeth Matravolgyida CNN

O governo dos Estados Unidos anunciou um programa que torna mais de 472 mil venezuelanos elegíveis a um visto de trabalho. A medida acontece depois que o governo de Nova York fez um apelo à Washington para aliviar os efeitos da crise migratória.

Na prática, o benefício se aplica aos venezuelanos que entraram em território americano antes do dia 31 de julho.

O governo federal optou por expandir um programa de ajuda humanitária chamado Temporary Protected Status (TPS), em português, Estatuto de Proteção Temporária. Dessa forma, a administração de Joe Biden não depende do Congresso para aprovar um projeto de lei, facilitando o processo.

A medida vale para todo o país. Além do visto de trabalho, os venezuelanos têm a garantia de não serem deportados, por um período de 18 meses.

O estado de Nova York foi o mais sobrecarregado pela chegada em massa de venezuelanos, nos últimos meses. A crise gerou uma ruptura entre o governo local e Washington.

O prefeito de Nova York, Eric Adams, é um crítico ferrenho da forma como a administração Biden tem lidado com a crise migratória no país. Ele pressionou a Casa Branca para que os vistos de trabalho fossem liberados. Dessa forma, os imigrantes não dependeriam apenas das ajudas sociais oferecidas pela prefeitura.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, elogiou a medida e disse que “o estado de Nova York está preparado para iniciar imediatamente o processo de inscrição de pessoas para autorização de trabalho”.

A questão da Venezuela nos temas de discussão entre o presidente americano Joe Biden e o presidente Lula. Os dois se encontraram ontem (20), em Nova York, durante a Assembleia-Geral da ONU.

Segundo a Casa Branca, os líderes “notaram a importância da restauração da democracia na Venezuela, e o presidente Biden reiterou o apoio dos Estados Unidos ao povo da Venezuela”.

Crise migratória

O governo americano enfrenta um número crescente de venezuelanos e pessoas de outras nacionalidades que chegam na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Nesta semana, o Departamento de Estado dos EUA enviou mais de 800 militares e 2.500 agentes da Guarda Nacional para a região da fronteira. Segundo as autoridades, o aumento do número de imigrantes é algo sem precedentes.

Os Estado Unidos estão investigando o motivo por esse aumento exponencial. Só nesta quarta-feira (20), mais de 3 mil imigrantes cruzaram a fronteira. Essa é a segunda vez, só nesta semana, que as autoridades americanas registraram a entrada em massa de pessoas no país. O reforço militar pode acelerar a deportação dessas pessoas.

O Texas instalou boias e barreira de arame farpado para tentar impedir a entrada de pessoas no país. Na época, a medida local foi repudiada pelo governo federal que processou o estado.

*Com informações da CNN Brasil

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