Roraima – Na estrada até a Serra do Tepequém, tendo como cenário o município do Amajari, Roraima, uma história de superação foi escrita na 5ª edição da corrida de rua “Tepequém Up”, realizada em 16 de setembro. Essa competição, conhecida como escalada mais ousada da Amazônia, testemunhou a jornada do corredor amazonense Laurimar Moreira, carinhosamente apelidado de “Surucucu”, nome da famosa cobra venenosa das Américas.
Quebrando todas as convenções, “Surucucu” decidiu encarar a trilha exaustiva enquanto carregava uma mochila tipo búfalo, recheada com 40 quilos. Num evento desprovido da categoria “mochilado”, seu desafio era duplo: vencer a montanha e fazê-lo no tempo estipulado pela organização.
Aos 56 anos, Laurimar acumula 28 anos de experiência em corridas, mas esta, em particular, contou com o apoio da rede de lojas varejista TVLar.
“Surucucu tem se destacado de forma notável em sua jornada esportiva, demonstrando não apenas habilidades excepcionais em sua disciplina, mas também um compromisso inabalável com os valores de determinação, superação e inclusão. Sua paixão pelo esporte ressoa profundamente com a missão da TVLar de enriquecer vidas e comunidades. Sua trajetória inspiradora é uma história que merece ser compartilhada com o mundo, e estamos entusiasmados por sermos parte disso”,
enfatizou o Diretor-Executivo da TVLar, Wlandemir Figueiredo.
O atleta está longe de ser um corredor comum. Sua especialidade reside nas ultramaratonas de ultra resistência. Seu objetivo não é simplesmente conquistar a linha de chegada em primeiro lugar, mas também superar seus próprios limites ao completar a corrida no melhor tempo possível, independentemente do peso que carrega. Na “Tepequém Up”, os obstáculos do percurso incluíram trechos de trilha escorregadia, pedras soltas, subidas íngremes e descidas perigosas.
“Surucucu enfrenta desafios como corridas de obstáculos, trilhas e ultra desafios extremos, transportando uma mochila búfalo de 40 kg. Ele tem uma meta impressionante de percorrer 40 mil quilômetros até 31 de dezembro de 2025, planejando encerrar sua carreira de 30 anos nessa especialidade única. Sem uma categoria oficial de ‘mochilado’, seu adversário primordial é o inexorável relógio da organização”,
explicou Wlandemir Figueiredo.
O evento ofereceu duas opções de percursos: 10 km e 21 km, ambos com elevações que desafiam até os corredores mais experientes, chegando a 540 m e 720 m, respectivamente. Laurimar embarcou na empreitada de 21 km da serra, com 540 metros de elevação, e conseguiu realizar o feito em 3 horas e 47 minutos.
“A parte mais desafiadora é a gravidade da subida. Se você não estiver preparado, não vai conseguir. Eu me mantive mentalmente e fisicamente preparado para este desafio”,
compartilhou “Surucucu”.
A largada foi sincronizada com precisão, às 16h para a prova de 21km e às 16h10 para a de 10km, partindo do local conhecido como “Entroncamento Trairão”, no KM 94 da RR-203, até a Pousada Canto das Araras, na Vila do Paiva, em Amajari, ao Norte de Roraima.
Os participantes da “Tepequém Up” tiveram a opção de escolher entre duas categorias: Diamante Bruto, destinada a atletas de 18 a 59 anos, dividida em feminino e masculino; e Diamante Brilhante, reservada para atletas com 60 anos ou mais, também dividida em feminino e masculino.
No total, a corrida contou com 430 homens e mulheres, incluindo atletas profissionais e amadores. Além de roraimenses e amazonenses, corredores de diferentes estados do Brasil e até da Venezuela aceitaram o desafio, cientes das recompensas em dinheiro, troféus e medalhas.
Localizada a 210 km da capital Boa Vista, em Roraima, a Serra do Tepequém é conhecida não apenas por suas cachoeiras e trilhas espetaculares, mas também por seu papel no turismo ecológico, após o término da exploração de diamantes na região.
A “Tepequém Up” celebra esse novo capítulo da serra, incorporando o espírito do diamante em sua medalha, uma conquista de valor inestimável para todos os que enfrentam esse desafio épico.
*Com informações da assessoria
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