A Alemanha voltou a registrar novo recorde consecutivo da incidência de covid-19 e ultrapassou, nesta quarta-feira (16), pela primeira vez, as 1,6 mil infecções, enquanto o Parlamento debate o projeto para modificar a lei sobre proteção de doenças infecciosas.
A incidência acumulada é de 1,6 mil novas infecções por 100 mil habitantes em sete dias, após 1.58 mil novos contágios nessa terça-feira, 1.319 há uma semana e 1.401 há um mês, segundo dados atualizados pelo Instituto Robert Koch (RKI).
As autoridades de saúde alemãs relataram 262,59 mil novos casos positivos e 269 mortes nas últimas 24 horas. Há uma semana foram notificadas 215,85 mil novas infecções e 314 óbitos, enquanto os casos ativos são estimados em cerca de 3,63 milhões.
Enquanto isso, o Bundestag (a Câmara dos Deputados) debate hoje o projeto de modificação da lei de proteção contra doenças infecciosas, apresentado pelo governo de coligação entre sociais-democratas, verdes e liberais, que deve substituir a base legal atual que expira no próximo sábado (19).
O projeto de lei contempla assim, a partir de domingo (20), a flexibilização da maioria das restrições para conter a pandemia de covid-19 e mantém apenas medidas básicas de proteção, como o uso de máscara em hospitais, centros de assistência, transporte público, centros com grupos vulneráveis e escolas.
Em caso de surto localizado, restrições mais amplas podem ser aplicadas, como uso generalizado de máscaras, regras de distanciamento, testagem e certificado de vacinação contra a covid-19.
No entanto, considerando o avanço da sexta onda da pandemia de covid-19, a maioria dos estados federais quer manter as medidas de proteção, pelo menos até 2 de abril, quando termina o período de transição estabelecido pelas autoridades.
Cerca de 76,5% da população (63,6 milhões de pessoas) já foram vacinadas até essa terça-feira, 75,8% (63 milhões) com o esquema vacinal completo e 58,0% (48,2 milhões) com a a dose de reforço.
A covid-19 provocou mais de 6 milhões de mortes no mundo desde o início da pandemia.
A doença é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ômicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi encontrada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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