Manaus (AM) – O estudante do curso de Relações Públicas (RP) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Marco Aurélio Winholt Castro, de 20 anos, assassinado com um tiro nas costas, na última sexta-feira (6), na rua Pedra Grande, comunidade Raio do Sol, Zona Norte de Manaus, ainda possui polêmicas envolvendo a motivação de seu falecimento. Marco Aurélio foi enterrado no domingo (8).
Familiares da vítima atribuíram a autoria do crime a um policial militar. A Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) negou a informação e afirmou que o rapaz já foi encontrado baleado no local.
Versão da Polícia
A Polícia Militar nega a autoria do crime e diz que encontrou o rapaz já baleado. Por meio de nota, a PM se manifestou.
“A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) informa que respondeu, na noite de sexta-feira (6), a uma denúncia de que homens armados estavam entrando em residências e ameaçando moradores na comunidade Raio de Sol, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
No local, suspeitos empreenderam fuga ao perceberem a presença da equipe policial. Em seguida, os policiais identificaram um cidadão baleado, prestaram socorro e o conduziram para o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio, na zona leste, onde a vítima veio a óbito.
A PMAM reitera seu compromisso com a vida e o respeito aos direitos humanos.“
Versão dos familiares
Os familiares dão uma versão diferente da contada pelos PMs. Hugo Antônio, irmão do universitário, afirmou que a polícia militar está mentindo e que seu irmão foi levado para o Platão Araújo, largado como um infrator.
Hugo explica que Marco Aurélio saiu com os amigos para assistir uma luta de UFC, na Comunidade Raio de Sol, quando a polícia esteve no local e todos se assustaram com a aproximação e fugiram, momento que os oficiais começaram a atirar. Em entrevista ao Amazonas Atual, o irmão completou informando que os amigos de Marco Aurélio conheciam os policiais e sabiam que eles eram “mortíferos”. Sabendo disso, eles fugiram do local, quando um disparo atingiu o Marcos nas costas.
A viatura levou Marco Aúrelio para o hospital e deixaram ele no Platão Aráujo, onde ele faleceu. Hugo declarou que quando foram fazer o boletim de ocorrência (BO), perceberam que a polícia que efetuaram o disparo não realizaram o registro e não notificaram o que aconteceu. Isso gerou revolta na família.
A Ufam emitiu nota de pesar, pela morte do estudante. “A Administração Superior se solidariza aos familiares, amigos e à comunidade universitária da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), neste momento de dor e consternação“, diz nota.
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