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Investigação

Professor é preso após assediar aluna de 9 anos dentro de sala de aula

Educador conversava com a criança por jogo eletrônico em tablet, que ele deu a menina

Divulgação: Polícia Civil

O professor do ensino fundamental, Reinaldo Batista de Souza, de 38 anos, foi preso na segunda-feira (30), em Sorocaba, interior de São Paulo, pelo abuso de uma aluna de 9 anos, ocorrido desde o início do ano, em sala de aula. Os atos libidinosos ocorriam quando a criança estava perto da mesa do educador, segundo a polícia.

Outras duas crianças, também do ensino fundamental, afirmam terem sido abusadas pelo suspeito. A Polícia Civil ainda irá colher os depoimentos delas, com acompanhamento especializado.

Reinaldo foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária, de 30 dias, quando estava na Secretaria da Educação de Sorocaba. Ele dava aulas na Escola Municipal Doutor Hélio Rosa Baldy, de onde foi afastado, e alega inocência. Nenhum advogado foi localizado pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

A delegada Silvia Elmara, assistente da Delegacia Seccional de Sorocaba, afirmou, nesta quarta-feira (1), que o professor “tinha obsessão” pela menina de 9 anos.

“A menina foi ficando constrangida a ponto de não conseguir estudar. Ele não deixava ela fazer prova, estudar, ficou obcecado”,

afirmou a delegada.

As investigações mostram que os abusos ocorriam durante as aulas de Reinaldo, de forma disfarçada, quando ele chamava a criança até a sua mesa.

“Quando se fala em estupro de vulnerável, pensa-se em conjunção carnal. Mas o fato de passar a mão na vítima é um ato libidinoso”, explicou a delegada, acrescentando que o professor “atraía [a vítima] até ali [mesa] e acariciava as partes íntimas [dela] de forma que os outros alunos não vissem.”

Presentes e denúncia

Segundo a delegada assistente, a mãe da menina estranhou quando a criança chegou em casa com um tablet de modelo superior ao oferecido pela Prefeitura de Sorocaba.

Em um primeiro momento, a criança afirmou que o equipamento havia sido emprestado pelo professor. A mãe posteriormente descobriu, no entanto, que havia sido um presente.

No equipamento, Reinaldo instalou um jogo no qual ele e a vítima tinham personagens, que interagiam, inclusive se beijando, conforme mostram as investigações da DDM do interior paulista.

Além do tablet, o professor também presenteou a criança com bijuterias e doces.

A vítima vinha sendo abusada em sala de aula, segundo a polícia, desde o início do ano letivo. Os assédios se reiteraram ao ponto de a menina não aguentar mais e relatar o caso à mãe, que procurou a Polícia Civil imediatamente.

Com base na denúncia, a polícia conseguiu elementos para que a prisão temporária do professor fosse decretada.

Reincidência

A Polícia Civil não localizou nenhum registro na folha de antecedentes criminais do professor.

Porém, confirmou que ele admitiu ter assediado uma criança, em ambiente escolar, em Pilar do Sul, cidade a cerca de 50 quilômetros de distância de Sorocaba, e onde o educador morava e foi preso na segunda-feira.

“Ele tem um histórico de perfil de pedofilia. Isso não pode ser levado em consideração como reincidência, juridicamente falando, mas demonstra que ele tem essa tendência de perfil de abusador”,

afirmou a delegada Silvia Elmara.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na segunda-feira. Por meio deles, foram apreendidos computadores e o celular do suspeito, além de um pendrive e HDs externos, em um dos quais havia a palavra “amor”.

Prefeitura

O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), afirmou ter determinado que o professor fosse “imediatamente afastado” assim que soube das denúncias de abuso sexual contra a aluna da escola municipal. “É algo inadmissível”, disse.

Na nota, a Prefeitura informou, ainda, que está oferecendo “toda a assistência possível” à família da vítima.

A Secretaria da Educação de Sorocaba afirmou reiterar orientações preventivas para os professores da rede municipal de ensino e para “toda a comunidade escolar”.

“Importante destacar que a denúncia investigada em questão se trata de caso isolado, que não reflete, de forma alguma, o excelente trabalho prestado pelos servidores públicos municipais.”

*Com informações do Metrópoles

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