Manaus (AM) – Após receber críticas nas redes sociais sobre irregularidades na organização do Festival Folclórico do Centro Social Urbano (CSU) do Parque Dez, o vereador Gilmar Nascimento (Avante) processou o comunitário e administrador do grupo de Facebook “Eu te amo Parque Dez (10)”, Saulo Ayrton da Gama. O parlamentar solicita retratação e pagamento de R$ 52 mil por danos morais.
A relação do parlamentar com o “Arraial do CSU”, como é popularmente conhecido, ocorre a partir da participação de seus assessores na realização do evento. A principal denúncia diz respeito a “privatização” de uma das áreas, quando Derval dos Santos, ex-assessor do político, destruiu o muro do parque para utilizar o espaço como estacionamento privativo, sem a autorização da Prefeitura de Manaus, administradora do espaço público. O ocorrido gerou revolta nas redes sociais e resultou na exoneração de Derval.
No grupo do Facebook “Eu te amo Parque Dez (10)”, Saulo da Gama, que é motorista de aplicativo, comentou o desdobramento do caso em uma das publicações: “Então exoneraram o Derval e o colocaram como vilão dessa novela. Então o mal continua firme e forte?”. O espaço na rede social é utilizado por moradores para comentar sobre assuntos relacionados ao bairro Parque 10, localizado na zona Centro-Sul, incluindo sobre as irregularidades no Festival.
Em razão desse comentário, o vereador processou o comunitário por danos morais e solicita a indenização de R$ 52 mil, além de retratação. A ação está ajuizada na 9ª Vara do Juizado Especial Cível.
Em outubro, uma representação no Comitê de Ética da Câmara Municipal de Manaus (CMM) por quebra de decoro parlamentar pela ligação do vereador na realização do evento foi realizada por Márcio Daniel, um comunitário que também foi processado por Gilmar após solicitar a prestação de contas do festival nas redes sociais.
Uma das denúncias expõe que o assessor do gabinete de Gilmar, Syndean Barros Marques, recebia o pagamento de comerciantes que tinham interesse em alugar barracas no festival. Os valores estavam em torno de R$ 2.200 e R$ 4.500.
A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria do vereador, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
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