O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta quinta-feira (30), que o único refém brasileiro detido na Faixa de Gaza pelo grupo extremista Hamas, desde 7 de outubro — início das ofensivas contra Israel —, ainda “pode ser liberado estes dias”.
Lula agradeceu ao Catar pelo papel desempenhado nas negociações para permitir a repatriação dos brasileiros na Faixa de Gaza, mas ressaltou que ainda trabalham na soltura do homem detido pelo grupo radical islâmico.
“[O Catar terá um papel importante] na libertação de um refém, que ainda pode ser liberado por esses dias”,
afirmou.
Até agora, o governo federal repatriou um grupo de 32 brasileiros e seus familiares presos no território palestino.
A embaixada do Brasil em Israel confirmou na quinta-feira (30) que o brasileiro Michel Nisenbaum, desaparecido desde o início da guerra, é considerado refém do Hamas. A informação foi confirmada à diplomacia brasileira por autoridades israelenses.
O embaixador Frederico Meyer recebeu a irmã do brasileiro na embaixada em Tel Aviv e confirmou a condição de refém.
O titular do Palácio do Planalto também afirmou, na quarta (29), que segue tentando repatriar os cidadãos que estão em Israel e desejam deixar o território em guerra.
“Nós ainda temos brasileiros em Israel. Quero ver se consigo trazer todo e qualquer brasileiro que queira voltar para o Brasil”,
declarou o petista, após encontro com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita.
Sequestro de Michel Nisenbaum
Michel Nisenbaum, de 59 anos, que também é cidadão israelense, foi sequestrado na manhã de 7 de outubro, quando foi feito o ataque do Hamas.
Ele estava no caminho para levar a neta, que dormiria naquela noite com o pai, mas o contato com a família foi perdido às 7h da manhã.
Quando sua filha tentou entrar em contato com Nisenbaum, às 7h20, a ligação foi atendida em árabe e ouviram-se gritos de “Hamas”, de acordo com a representação brasileira.
A família do brasileiro-israelense está sendo acompanhada e atualizada por representantes do governo de Israel.
“Nós temos apoio oficial. Duas pessoas são encarregadas da nossa família e nos ajudam em tudo o que precisamos”,
afirmou Mary Shohat, irmã do desaparecido.
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