O Conselho de Segurança da ONU aprovou, na tarde desta sexta-feira (22), uma resolução para a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
O texto foi proposto pelos Emirados Árabes e apela por medidas urgentes para permitir a entrega segura e sem entraves de medicamentos, alimentos e outros insumos à população local.
Em meio à indignação global com o aumento do número de mortos em Gaza nas 11 semanas de guerra entre Israel e o Hamas e com o agravamento da crise humanitária no enclave palestino, os EUA abstiveram-se para permitir que o conselho de 15 membros adotasse uma resolução elaborada pelos Emirados Árabes Unidos.
Os restantes membros do conselho votaram a favor da resolução, exceto a Rússia, que também se absteve.
A resolução, no entanto, não incluiu um pedido claro de cessar-fogo, segundo revelou Mariana Janjácomo, correspondente da CNN. O texto pede medidas urgentes “para criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades”.
Isso porque, na avaliação de fontes diplomáticas, qualquer medida pedindo pela pausa nos conflitos será barrada pelos Estados Unidos, assim como aconteceu com o documento votado proposto no começo de dezembro.
Veto dos EUA ao cessar-fogo
Os Estados Unidos e Israel são contra um cessar-fogo, porque acreditam que a medida só beneficiaria o Hamas. Em vez disso, Washington apoia pausas nos combates para proteger os civis e permitir a libertação de reféns feitos pelo Hamas no dia 7 de outubro, quando o grupo invadiu e atacou Israel.
A resolução de sexta-feira surge num momento em que a administração Biden se torna mais veemente na expressão de preocupações sobre o quão brutal tem sido a guerra em Gaza.
Os EUA vetaram medidas anteriores no Conselho de Segurança da ONU e votaram contra um pedido de cessar-fogo na Assembleia Geral mais ampla da ONU.
Na semana passada, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a favor de um cessar-fogo imediato em Gaza devastada pela guerra, em uma repreensão aos Estados Unidos, que bloquearam repetidamente os pedidos de cessar-fogo no Conselho de Segurança.
Embora a votação na Assembleia Geral seja politicamente significativa e considerada como tendo peso moral, ela não é vinculativa, ao contrário de uma resolução do Conselho de Segurança.
*Com informações da CNN Brasil
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