Há um fato comprovado cientificamente que é a imensa capacidade que o ser humano tem em se adaptar às mais diversas situações, graças à neuroplasticidade, capacidade que o cérebro humano tem de se moldar diante de diferentes demandas do cotidiano. Mas nem todos os humanos reagem da mesma forma às mesmas ou diferentes situações.
E existem sinais que alertam para as incapacidades e distúrbios (insônia, problemas digestivos, alteração de humor, dores no corpo, problemas de aprendizagem e falta de concentração), e que indicam que algo não vai bem com a saúde mental dessas pessoas.
A Campanha Janeiro Branco traz um alerta sobre a saúde mental e as atitudes que devem ser adotadas por quem reconheceu os sinais. Com o tema “Saúde mental enquanto há tempo, o que fazer agora?”, a campanha fala sobre a necessidade de se procurar ajuda profissional.
“O que fazer quando não consigo mais partilhar, amar, cuidar, comemorar ou até mesmo desabafar sobre como eu me sinto? O que fazer quando eu tenho dificuldade em decidir sobre algo ou até mesmo superar? Quando não consigo aprender e tenho dificuldade em recomeçar? Quando já não tenho ânimo ou prazer?”,
enumera a professora de psicologia da Faculdade Santa Teresa, Gabrielle Ehm.
De acordo com a professora, esses sinais alertam sobre a saúde mental e de que é momento de procurar ajuda médica, para descartar fatores orgânicos e, a partir disso, iniciar um acompanhamento psiquiátrico (se necessário) e psicoterápico.
“A falta de ânimo, fadiga crônica, estresse, ansiedade, sentimento de tristeza, angústia, culpa e ausência de prazer em atividades habituais não devem ser considerados algo normal e sim algo que deve ser avaliado por um profissional da saúde mental”,
alerta.
A professora avalia que hoje já se compreende mais e se fala em saúde integral com a saúde mental como parte de um todo que envolve o bem-estar físico e social, também, no que se denomina como qualidade de vida.
“A campanha do Janeiro Branco visa o amplo conhecimento sobre a saúde mental e emocional, tendo em vista a sua influência sobre o físico, as relações sociais de um indivíduo e a sua relação consigo”,
diz a professora.
Além de recomendar a assistência de um médico especialista ou um psicólogo, a professora também dá algumas dicas para melhorar a qualidade de vida e a saúde mental, que podem ser adotadas individualmente.
- Ter tempo de qualidade com familiares/amigos
- Buscar desenvolvimento profissional (fazer cursos, buscar crescimento),
- Buscar/conhecer novos hobbies
- Praticar a solitude (tirar um momento para si mesmo)
- Praticar autocuidado (se alimentar corretamente, manter qualidade do sono, cuidar do corpo e da autoestima)
- Planejar o futuro (sonhar e planejar)
- Construir metas de longo e curto prazo
- Cuidar da saúde física (praticar exercício físico regularmente)
- Consultar um médico regularmente.
*Com informações da assessoria
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