Pesquisadores do Hospital Pediátrico de Filadélfia (CHOP), nos Estados Unidos, estão estudando vacinação contra o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, e suas proteções a longo prazo. A vacinação, de acordo com os cientistas, tem um efeito mais forte nos adolescentes, que têm um risco maior de desenvolver sintomas pós-Covid ou na Covid longa do que as crianças pequenas.
Apesar da gravidade geral da Covid-19 ter sido menor em crianças do que em adultos, o peso dos sintomas pós-Covid tem sido difícil de descrever devido à diversidade de sintomas. Alguns sintomas incluem nevoeiro cerebral, dispneia, disfunção gastrointestinal, dor generalizada e fadiga, enquanto outros são mais graves, como reação inflamatória ou problemas cardíacos.
“Até hoje, nenhum estudo avaliou dados clínicos de grupos grandes e diversificados de crianças para abordar esta importante questão”, afirmou a autora principal do estudo, Hanieh Razzaghi. “A utilização de dados clínicos de todas as redes de cuidados de saúde permitiu-nos ter uma amostra suficientemente de doentes para identificar efeitos raros do vírus e o seu impacto nas crianças e adolescentes.”
Os investigadores analisaram os resultados de uma colaboração com os sistemas de saúde americano como parte da iniciativa Researching covid to Enhance Recovery (RECOVER) dos Instituto Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, que foi criada para aprender sobre os efeitos a longo prazo da Covid-19.
Foram utilizados dados de 17 sistemas de saúde do país para avaliar a eficácia da vacina contra a Covid-19 em longa duração em dois grupos de doentes com idades compreendidas entre os 5 e os 11 anos e os 12 e os 17 anos, bem como o período em que os doentes foram afetados. A taxa de vacinação, entre as pessoas estudadas, foi de 67%.
“Este estudo fornece-nos dados importantes que demonstram os efeitos protetores da vacina contra a covid-19 de longa duração e sugere que esta proteção resulta principalmente da prevenção de infecções visíveis. Esperamos que isto signifique que, à medida que as vacinas forem melhoradas para serem mais eficazes contra os atuais tipos de SARS-CoV-2, a sua proteção contra a covid-19 de longa duração também melhore”,
disse um dos autores do estudo Charles Bailey.
“Esses dados retrospectivos fornecem orientação para pesquisas adicionais sobre as formas de desenvolvimento do covid longo e como podemos proteger melhor as crianças e adolescente”,
acrescenta Bailey.
Este estudo foi apoiado pelo Institutos Nacionais de Saúde (NIH) como parte do programa de investigação Researching COVID to Enhance Recovery (RECOVER).
*Com informações do Correio braziliense
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