Manaus (AM) – No cenário das artes marciais mistas (MMA) no Amazonas, surge uma figura que não apenas encanta o público, mas também desafia os estereótipos: Akel Rocha é uma jovem lutadora determinada a conquistar seu espaço no competitivo mundo da luta.
Aos 22 anos, Akel Rocha é uma referência, campeã peso-galo do Arena Strikers Combat e tem no seu currículo títulos em Campeonato Amazonense em todas as faixas do jiu-jitsu. A amazonense foi inspirada desde criança pela família a praticar esportes, e aos seis anos já estava na academia e em projetos sociais ao lado de seu pai, sendo conhecida como a “filha do mestre”.
“Toda a minha família é do jiu-jitsu, essa é a nossa arte marcial. Meu pai, irmão e tio são faixa preta e eu também sou. Logo no início, minha família não gostava que eu lutasse, e, por eu ser mulher, o meu pai pensava que eu poderia me machucar. Com o tempo fui conquistando o meu espaço dentro e fora de casa e hoje conto com o apoio da minha família em todas as minhas lutas”, relatou.
Conquistar a vitória no LFA 175 poderá não só elevar o status de Akel Rocha no cenário internacional, mas também colocá-la mais próximo do sonho de competir no Ultimate Fighting Championship (UFC).
“Tenho me preparado muito para que essa luta do dia 27 acabe com a minha mão levantada. Com certeza, o LFA é um dos eventos que são vitrines para o maior do mundo, que é o UFC”,
explicou a lutadora amazonense.
Rumo ao UFC
O objetivo da atleta é chegar no octógono mais famoso do mundo e, para isso, tem treinado suas habilidades visando fortalecer seu desempenho dentro das competições. Desde a época que seu pai treinava outros lutadores, Akel quis ser a protagonista das lutas, alimentando o sonho de construir uma carreira, até chegar a ser campeã no UFC.
Participar de eventos de grande porte possibilita que a atleta seja conhecida internacionalmente, tanto pela mídia quanto pelo público. Durante a sua trajetória, a experiência das adversárias e companheiras de academia contribuíram para o treinamento de Akel. Atualmente, ela faz parte da Carioca Academy e treina ao lado de lutadoras que participam de grandes eventos, como Ketlen Souza, a “Esquentadinha”, que é do UFC, e Day Cardoso, que faz parte do One Championship.
“Conforme as lutas passam, o grau de dificuldade e de experiência das minhas adversárias vão aumentando. Consequentemente, eu precisei abrir as portas para outras equipes e outros tipos de treinamento. É sempre muito bom essa troca de experiência, porque como o meu objetivo é estar lá, assim eu tenho alguém que possa medir as minhas habilidades e eu possa avaliar a evolução do meu treino”, afirmou.
Apoio local
A amazonense também já lutou em eventos como o Jungle Fight, um dos principais do Brasil, e em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A possibilidade de participar de eventos importantes parte do incentivo dos apoiadores, assim como contribui com o desenvolvimento do esporte no Estado.
“O Shopping São José tem me apoiado desde o início da minha carreira e logo nas minhas primeiras lutas de MMA. Não só mostra esse apoio com os atletas, mas também com eventos esportivos que estão sempre acontecendo no espaço do shopping, não só valorizando o nosso esporte da cidade de Manaus, mas também os lutadores da Zona Leste. Eu sempre tenho o prazer de assistir aos eventos, de prestigiar, sempre tem ótimos combates, sempre valorizando a galera da nossa área”,
destacou a atleta.
Além de lutadora profissional, Akel leciona aula de jiu-jitsu e volta, principalmente, as suas aulas para o público feminino. “A gente sempre ouve no decorrer da nossa vida que não temos jeito para a luta, que tem que ter força, tem que ter isso e aquilo, e isso não é verdade”, declarou.
Representatividade
Em conselho às mulheres que pretendem ingressar no mundo dos esportes, a procura por uma academia segura e confiável é o principal passo para começar a treinar. Uma maior presença feminina nas artes marciais contribui com a quebra de estereótipos.
“Eu sempre costumo dizer que a mulher para ser boa de porrada, ela não precisa parecer um homem. Eu sou feminina, gosto de Taylor Swift, de maquiagem, e a minha forma de expressar não interfere na minha habilidade para o esporte que eu pratico”,
disse Akel.
A presença feminina no MMA continua a desafiar limites, consolidando-se como uma força dinâmica no cenário esportivo global, sobretudo ao analisar que, em 2023, completou 10 anos da primeira luta feminina no UFC, após 20 anos de fundação da organização, em 1993. À medida que mais atletas quebram barreiras, a presença de mulheres no octógono não é apenas uma realidade, mas uma celebração de resiliência, habilidade e conquistas.
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