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Chef Débora Valente assume coordenação de curso de Gastronomia da FST

Débora Valente defende a união entre professor e aluno no processo de construção e reconstrução do conhecimento

“A gastronomia trabalha com técnicas, habilidades, processos, experiências, alquimia, cálculo, história, geografia. É uma ciência que busca as raízes alimentares e culturais dos povos, o cotidiano e o contemporâneo. Precisamos de atividades concretas relacionadas ao cotidiano, à realidade de cada um e à comunidade local, para facilitar o processo de formação do aluno e inseri-lo no mercado gastronômico”, afirma a chef Débora Valente, especialista em segurança alimentar, consultora de Alimentos & Bebidas (A&B), embaixadora da Gastronomia Brasileira e dona do Prêmio Nacional Dólmã 2017/2018.

Professora de Gastronomia da Faculdade Santa Teresa (FST), ela acaba de assumir a coordenação geral do curso, com metas e conceitos bem definidos.

“É necessário oportunizar momentos de protagonismo aos alunos, saindo do modelo tradicional de ensino. Acredito que o objetivo do ensino não incide na transmissão de verdades, informações ou modelos, mas sim dar oportunidade para que o aluno construa seu conhecimento, com o monitoramento do professor. Novas situações de aprendizagem surgem inesperadamente, tornando visível, notificado e concretizado o quanto o ambiente da sala de aula é rico”,

destaca.

De origem indígena sateré-mawé a nova coordenadora traz para o ambiente acadêmico as experiências vividas desde a infância e de uma trajetória pessoal e profissional que priorizou a busca do verdadeiro e do ético. “Desse modo, você ensina, mas também aprende, porque você troca experiências, forma um elo de respeito e conhecimento mútuo”, defende.

Na avaliação da coordenadora, as propostas curriculares do curso de gastronomia indicam a necessidade de um novo profissional docente, assim como líderes do segmento de A&B, determinado por um conjunto de competências que só podem ser construídas na prática e, sobretudo, na reflexão coletiva sobre essa prática.

“Foi com esse sentido que fui construindo minha caminhada como docente e cresci muito nesse período. A cada dia sinto que a experiência é muito mais ampla e importante do que se imagina. Ela tem que ser vivida, vivenciada, analisada, reconstruída e ressignificada sempre”,

argumenta.

Ela também avalia o novo perfil do professor diante do mundo globalizado e das novas tecnologias. “Ele precisa estar constantemente em construção, adaptando seu ensinar com a realidade de cada aluno. “O professor deve aproveitar sua autonomia e flexibilidade para desenvolver suas aulas, utilizando recursos tecnológicos e materiais básicos que, se adaptados e inseridos ao projeto político-pedagógico, propiciam e facilitam tanto o ensino quanto a aprendizagem”, define.

Débora Valente também defende a união entre professor e aluno no processo de construção e reconstrução do conhecimento. “Sempre valorizando e respeitando as vivências de ambos, para que haja sentido nessa aprendizagem. O ensinar necessita, antes de tudo, de afeto na relação com o aluno”.

Débora afirma que o conhecimento da cultura dos estados da região Norte, principalmente do Estado do Amazonas, é imprescindível para que os formandos entendam a formação dos povos originários, suas contribuições para a nossa comida diária, entre outros aspectos culturais.

“Não temos muitos estudos sobre a cultura relacionada à identidade local, sobre a gastronomia amazonense. Por isso, precisamos construir um pilar gastronômico considerando os sabores de sua floresta como elemento identitário, cultural do produto turístico, hoteleiro e gastronômico do Amazonas. É necessário pensar na gastronomia indígena como a origem da cozinha de um ou vários povos, no sentido de preservar métodos e técnicas dos nossos ancestrais”,

explica.

*Com informações da assessoria

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