Manaus (AM) — O pré-candidato a prefeito de Manaus, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) é alvo de críticas por sua idade. As críticas vieram, nas últimas semanas, dos pré-candidatos à Prefeitura de Manaus Wilker Barreto (Mobilização), Maria do Carmo Saffair (Novo) e Marcelo Ramos (PT).
Ao EM TEMPO, questionado sobre se de alguma maneira, incomoda a classe política mais antiga que atua na capital amazonense, o parlamentar afirmou e disse que isso só mostra o quanto “está no caminho certo”.
“É o que parece, mas isso só mostra o quanto estamos no caminho certo. Nosso trabalho legislativo sempre foi participativo, transparente, e esse segue sendo meu compromisso com a população, em qualquer coisa que eu faça. Se cobrar pelo que é certo tem incomodado alguns adversários, então vou continuar assim, porque sei que esse é o caminho para fazer de Manaus uma cidade melhor. Em 2020, em uma entrevista para o Em Tempo, eu disse que ‘as pessoas vão se surpreender com o nosso trabalho’. É hora de reafirmar isso. As pessoas vão se surpreender pela segunda vez com o nosso trabalho (de maneira positiva)”,
afirmou.
Nas redes, o parlamentar apareceu também ao lado do prefeito de Recife João Campos, eleito aos 27 anos em 2020, que se tornou um símbolo da renovação na política brasileira. Hoje, aos 30, é o prefeito mais jovem a comandar uma capital e também é o mais bem avaliado do país, com 81% de aprovação, segundo o instituto AtlasIntel.
“O que tu falas quando falam que tu és muito jovem?” [perguntou Amom a João Campos]. “Rapaz, a juventude está pronta para trabalhar, para fazer” [João Campos]”
“Todo dia a gente vai resolvendo mais um pouco” [Amom]
“Cada dia que passa, a gente fica mais velho. Se for um problema, a cada dia você resolve uma parte dele.” [João Campos].
Em maio, Amom criticou os ataques que tem recebido de adversários por sua idade, em um vídeo divulgado nas redes sociais e aproveitou para convocar a população para se mobilizar por mudanças em Manaus.
“A idade média dos políticos envolvidos na Lava Jato é de uns 40, 50 anos. É essa a experiência que querem que eu tenha? A de roubar, de colocar parentes na gestão ou de ‘sortear’ apartamentos para a família? Essa experiência eu não faço questão, não. Os políticos que são mais velhos, já assumiram diversos cargos e sob o comando deles e dos amiguinhos deles nossa cidade ficou abandonada do jeito que tá agora”,
afirmou Amom.
Os pré-candidatos à Prefeitura de Manaus Wilker Barreto (Mobilização), Maria do Carmo Saffair (Novo) e Marcelo Ramos (PT) se reuniram nas redes sociais para reprovar uma publicação do Amom onde ele diz que nenhum dos outros políticos mais velhos que ele já se colocou contra corrupção em Manaus.
“Os políticos que são mais velhos já ocuparam vários cargos, sob o comando deles e dos amiguinhos deles, a nossa cidade ficou abandonada, do jeito que ela está agora. Manaus hoje é uma das cidades mais violentas do mundo, tem os igarapés poluídos e eles ainda fazem propagandas como se tivessem cuidando dos igarapés. Esses são problemas graves que não foram e nem serão resolvidos com as mesmas práticas da velha política. Eu tenho 23 anos, sim, e vou me dedicar para bater de frente com os nossos problemas e contra a corrupção como nenhum dos políticos mais velhos fez até hoje na história dessa cidade”,
disse Amom.
O deputado estadual Wilker Barreto, de 47 anos, rebateu Amom dizendo que chegou a essa idade sendo o único que “bate no sistema”. Ele também desafiou os outros pré-candidatos, incluindo Mandel, para debater os “problemas” da cidade de Manaus. Wilker ainda insinuou que Amom Mandel cria “subterfúgios para fugir das propostas reais” para a capital amazonense.
Já a professora e advogada Maria do Carmo Seffair, de 64 anos, criticou Amom questionando a “inexperiência” do político. De acordo com ela, Manaus é uma cidade muito grande e complexa para ser administrada por “amadores”.
Por outro lado, Marcelo Ramos, de 50 anos, reprovou o discurso de Amom sobre a “velha política”. De acordo com o petista, a fala do deputado federal, que se coloca como “o novo” para a cidade de Manaus, já foi usada por outros políticos no Amazonas.
Avaliação
Ao analisar o questionamento de adversários políticos sobre a falta de experiência, Amom apontou que qualquer avaliação fica a cargo da população manauara.
“Quem tem que avaliar isso não sou eu, mas a população de Manaus. A meu ver, parece que eles não tem argumento para me refutar, pois nosso trabalho é de qualidade. Isso faz os adversários partirem para ataques pessoais. Na epistemologia e na dialética, essa é uma falácia conhecida e catalogada desde antes de Cristo: Argumentum ad Hominem”, afirmou o pré-candidato.
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