Visando garantir a prática da atividade física com respeito e inclusão, o Box 24 FIT AM criou um espaço voltado aos públicos LGBTQIA+ e feminino. A novidade acontece no mês que celebra o Orgulho LGBTQIA+. As atividades no box ocorrem de segunda a sábado, com turmas de 06h às 10h e 16h30 às 21h30, e os valores variam de R$ 91 (plano anual) a R$ 150 (mensal). O espaço fica localizado na avenida André Araújo, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus.
O publicitário e especialista em gestão de negócios, Luan Paz, uniu o útil ao agradável há quase 7 anos quando decidiu fundar o box. Ele tinha a necessidade de perder peso, mas também de ter um ambiente seguro para treinar. Com o acompanhamento correto, o empresário emagreceu e montou o próprio negócio.
“Eu pesava 128kg e uma amiga usava o espaço, servindo nutrição saudável e ministrava os treinos. Percebemos que o nosso grande diferencial ia além: era o cuidado que eu tinha com as pessoas por ter vivido situações semelhantes. Desde então, a nossa história se une pela vontade de sair do sedentarismo, como também pelo acolhimento e segurança. No box você não é um número. Sabemos o nome de cada pessoa que treina conosco”, explica Luan.
Com o processo de emagrecimento, mais pessoas foram se identificando e tiveram interesse na experiência. Assim, começavam a treinar juntos. Naturalmente, com a aproximação, o Box FIT 24 AM surgiu e o publicitário decidiu iniciar seus estudos na Educação Física.
“O box nasceu quando alguém disse que seria possível me tirar da obesidade mórbida sem que eu precisasse sofrer, apenas vivendo o presente, tendo uma boa alimentação e rede de cuidados. Todos que desejam iniciar o autocuidado são bem-vindos”, afirma Luan.
Para Luan, é importante levantar uma bandeira de espaço LGBTQIA+friendly para fazer um filtro inicial de segurança e comodidade para os alunos. Essa é a primeira informação a ser repassada sobre o local.
“A sigla da nossa comunidade também ensina muito sobre o outro e sobre respeito. É importante conquistar cada vez mais espaços sem a preocupação de sofrer preconceito, represálias e julgamentos sobre sermos nós mesmos”, diz Luan. “Embora sejamos um Box pensado para receber gente como a gente, nosso público também é composto por mulheres, casais héteros e membros da mesma família”,
informa.
Assédio moral e físico
Relatos de pessoas que quase desistiram de treinar por sofrer assédios morais e físicos contribuíram para que o Box se tornasse um espaço LGBTQIA+. Para Luan, embora a sociedade tenha avançado em relação ao preconceito e assédio, isso ainda é uma realidade.
“Imagina você treinar e não ter ninguém julgando tua roupa, tirando foto do seu corpo, ou te agredindo por achar normal? É esse o nosso universo. É o que nos torna diferentes de tudo. Ter um espaço seguro, que te acolhe é muito importante”, destaca.
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