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Ação policial

PM apreende 400 cestas básicas suspeitas de uso eleitoral, em Parintins

Inquérito será remetido à Justiça Eleitoral, que vai acompanhar o caso

Foto: Reprodução

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM), afirmou, por meio de nota divulgada na tarde desta sexta-feira (23), que apreendeu 400 cestas básicas que estavam no barco Veigão V, após denúncia de populares.

Durante abordagem padrão, os policiais constataram que a mercadoria estava sendo transportada por funcionários da prefeitura do município e que o material não possuía nota fiscal, ou qualquer documentação que comprovassem a origem, procedência e destinação das cestas.

Uma vez que a falta de documentação caracteriza-se crime contra a ordem tributária, os policiais militares apreenderam a mercadoria e conduziram os responsáveis até a Delegacia Interativa de Polícia Civil (DIP) de Parintins para que prestassem esclarecimentos, onde foi instaurado Inquérito Policial para investigar possível crime de eleitoral. O inquérito será remetido à Justiça Eleitoral, que vai acompanhar o caso.

A mercadoria continua apreendida na embarcação e a Polícia Militar está fazendo a escolta das cestas, até que se sejam apresentadas todas as documentações que comprovem o responsável pelo fornecimento e qual o destino da mercadoria.

Fins políticos

As cestas básicas estavam destinadas a uma ação social promovida pela deputada estadual Mayra Dias e pelo prefeito de Parintins, Frank Bi Garcia. A carga, que deveria ser distribuída para comunidades locais, foi retida por estar sem nota fiscal e sem documentos que comprovassem sua origem e destino.

A apreensão levantou suspeitas de que as cestas poderiam ser usadas na campanha eleitoral do candidato a prefeito Mateus Assayag (PSD), apoiado por Frank Bi Garcia e Mayra Dias.

Os funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habilitação (Semasth) informaram que as cestas faziam parte de uma ação social para ajudar as comunidades durante o período de estiagem. No entanto, a falta de documentação gerou desconfiança entre as autoridades.

Após a apreensão, Mayra Dias criticou a operação, alegando que a ação da Polícia Militar foi realizada sem ordem judicial e que os funcionários da Semasth foram constrangidos. Ela declarou: “A apreensão do barco e das cestas básicas ocorreu sem qualquer ordem judicial, e os funcionários foram ilegalmente constrangidos.”

O prefeito Frank Bi Garcia também expressou seu descontentamento nas redes sociais, chamando a operação de perseguição política. Até o momento, o candidato a prefeito Mateus Assayag não comentou o ocorrido.

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Comentários:

  1. A apreensão de 400 cestas básicas suspeitas de uso eleitoral em Parintins pela Polícia Militar é um alerta importante sobre a persistência de práticas ilícitas na política brasileira. O uso de recursos como cestas básicas para influenciar eleitores, especialmente em comunidades vulneráveis, é uma forma clara de abuso de poder econômico e desrespeito ao processo democrático.

    Essa situação evidencia a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa durante o período eleitoral, para garantir que os candidatos e seus apoiadores não se aproveitem das necessidades básicas da população para obter votos. Embora a distribuição de cestas básicas seja uma ação que, em contextos adequados, pode ser positiva, quando vinculada à compra de votos, ela se torna uma violação dos princípios democráticos.

    Além da atuação da polícia e da Justiça Eleitoral, é fundamental que haja uma conscientização maior da população sobre a importância de votar de maneira livre e consciente, sem se deixar influenciar por benefícios imediatos que podem mascarar intenções corruptas. O combate a esse tipo de prática é essencial para a construção de uma política mais ética e justa.

    A operação em Parintins deve servir como um exemplo de que o uso eleitoreiro de recursos, especialmente em tempos de crise e necessidade, não será tolerado, e que a justiça está atenta para proteger a integridade das eleições.

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