O fornecimento de energia elétrica em Manaus está comprometido devido à estiagem severa que atinge o Estado do Amazonas, é o que alertou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em documento enviado ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), há 20 dias, a agência destaca que por conta da seca, existe uma “dificuldade de navegabilidade em alguns rios da região amazônica, o que pode representar risco de desabastecimento de combustível para as centrais geradoras localizadas na região”.
Com a redução do nível das águas, as embarcações que fazem o transporte de combustível estão mais propensas a encalharem, aumentando a preocupação, já que para vários pontos do estado, a única maneira de se chegar a esses locais é por meio fluvial.
A Amazônia concentra as maiores usinas hidrelétricas do país, grande parte dessa geração é enviada para a região Sudeste do Brasil, o que faz com que territórios amazônicos dependam da geração de termelétricas a gás e óleo diesel.
A Aneel destaca que a principal região produtora de óleo e gás na região, o chamado “Polo Urucu”, no município de Coari (AM), controlado pela Petrobras, depende, em parte do percurso, do transporte fluvial até chegar ao terminal portuário de Solimões, o qual está localizado em uma região que tem sofrido severamente com a seca.
“A dificuldade de movimentação de GLP/petróleo por via fluvial, em função de navegabilidade durante crise hídrica, poderá representar parada de produção desses produtos, indisponibilizando, parcial ou totalmente, o suprimento de gás natural”, diz o alerta.
A agência então, cobra das usinas uma manutenção de seus estoques de combustível nos níveis mais altos, para que não ocorra uma paralisação por falta do insumo.
O Em Tempo entrou em contato com a Amazonas Energia para falar do assunto, mas até o momento não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.
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