Ao longo de décadas, a Amazônia tem sido palco de inúmeros relatos de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). Recentemente, em 16 de fevereiro de 2025, moradores de Manaus registraram vídeos de luzes vermelhas piscantes no bairro Aleixo e uma luz branca em movimento rápido, descrita por testemunhas como “anômala”.
O caso não é isolado. Em dezembro de 2024, vídeos de objetos voadores não identificados no céu de Manaus rapidamente viralizaram, alimentando teorias e até um toque de humor entre os internautas.
O primeiro registro foi feito no bairro Aleixo, onde um objeto no céu emitia uma luz vermelha intensa e pulsava de maneira assustadora. Pouco tempo depois, um segundo avistamento foi registrado em outra área da cidade, também durante a noite. As imagens foram compartilhadas pelo jornalista Mário Adolfo Filho, que comentou o caso com bom humor.
Os vídeos mostram claramente uma luz pairando no céu, com movimentos lentos e pulsos luminosos que aumentam de intensidade em alguns momentos. Para muitos, esse comportamento afasta a possibilidade de se tratar de drones, que têm movimentos mais previsíveis e não apresentam pulsos de luz tão peculiares.
Em 2015, moradores de Manaus relataram a aparição de um objeto voador não identificado (OVNI) no céu da cidade. Testemunhas descreveram o objeto como “semelhante a um diamante” pairando no céu, com registros publicados no YouTube. Na época, testemunhas relataram movimentos impossíveis para aeronaves convencionais, reforçando a especulação sobre origens extraterrestres.
“Luzes vampiras”
Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em 1977, na ilha de Colares, no Pará. Moradores relataram ataques de “luzes vampiras” que supostamente causavam queimaduras e extraíam sangue. A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou a Operação Prato, documentando mais de 500 fotos e 16 horas de filmagens de objetos luminosos.
Quase 45 anos depois da Operação Prato, relatos de abduções e ataques alienígenas na ilha no nordeste paraense ainda geram curiosidade.
Enquanto alguns tratam o assunto com humor, especialistas destacam a importância de análises técnicas. A FAB, por exemplo, liberou parte dos arquivos da Operação Prato em 2010, disponíveis no Arquivo Nacional, embora muitos detalhes permaneçam sob sigilo.
“Hotspot” inexplicável
O ufólogo Ademar Gevaerd, da Revista UFO, falecido em dezembro de 2022, ressaltou em várias entrevistas e lives que a Amazônia é um “hotspot” para fenômenos inexplicáveis, possivelmente devido à sua vastidão e baixa densidade populacional.
Os vídeos recentes de Manaus ainda não foram oficialmente explicados. Especialistas sugerem que drones ou satélites poderiam justificar as luzes, mas a falta de confirmação mantém a curiosidade. Enquanto isso, a população mistura ceticismo e fascínio, como destacou um internauta: “Esses bichos vão pegar bala do CV e do PCC”.
A Amazônia continua a alimentar narrativas que desafiam a ciência convencional. Seja pelo histórico da Operação Prato ou por casos recentes, a região mantém seu status como um dos locais mais enigmáticos do planeta — onde o céu noturno esconde tanto maravilhas astronômicas quanto mistérios por resolver.

¹Articulista do Portal Em Tempo, Juscelino Taketomi, é Jornalista. Há 28 anos é servidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam)
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