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Novo Airão

Professor de jiu-jitsu é preso por aliciar alunas menores em mensagens no AM

Suspeito é investigado por crimes de perseguição majorada contra crianças e adolescentes, coação no curso do processo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo.

Divulgação

O professor de jiu-jítsu José Carlos Menez Correa Júnior, de 31 anos, conhecido como “Júnior Pionga”, foi preso na terça-feira (25) pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em Novo Airão.

Ele é investigado por crimes de perseguição majorada contra crianças e adolescentes, coação no curso do processo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo.

As investigações tiveram início após denúncias que indicavam que “Júnior Pionga” estaria aliciando alunas menores de idade por meio de mensagens com solicitações inapropriadas e insinuações de cunho sexual. Após as denúncias, ele passou a perseguir e constranger as vítimas.

Além disso, o professor de jiu-jitsu preso no Amazonas já responde a dois processos por casos de estupro de vulnerável, envolvendo vítimas de 11 e 13 anos, praticados em 2023.

Conforme o delegado Rodrigo Monfroni, em janeiro de 2024, a gestora de mídias do projeto social de jiu-jitsu formalizou um Boletim de Ocorrência (BO) contra o suspeito, após acessar conversas em redes sociais que confirmavam o aliciamento das menores.

Duas professoras convocadas para depor relataram que foram expulsas do projeto após denunciarem o comportamento inadequado do professor em relação às alunas.

Outras testemunhas também foram ouvidas, incluindo uma adolescente de 13 anos, que relatou ter recebido mensagens com conteúdo sexual e ter sido tocada inadequadamente durante os treinos em 2023.

Em fevereiro deste ano, a mãe da vítima de 11 anos revelou que foi coagida a retirar a queixa contra o professor. Ela contou que foi abordada por dois homens armados que a agrediram e disseram: “Se acontecer algo com Júnior Pionga, o recado já está dado.” Dez dias depois, seu filho de 17 anos foi agredido em via pública como forma de retaliação.

Segundo Monfroni, a conduta do professor demonstra um padrão sistemático de abuso e intimidação. A criança de 11 anos confirmou que ele enviou fotos nuas para seu celular, acompanhadas de ameaças.

“Sou faixa preta, posso te quebrar na rua. Ninguém vai acreditar em você.” Esse comportamento se estendeu a outra adolescente de 13 anos, conforme revelado pela gestora de mídias que acessou as conversas explícitas nas quais o indiciado solicitava fotos íntimas das vítimas.

Além disso, uma colaboradora do projeto informou ter sido expulsa após denunciar publicamente o comportamento inadequado de “Júnior Pionga”. Isso evidencia não apenas a exploração das menores, mas também tentativas de silenciar testemunhas e perpetuar a impunidade.

Após a divulgação dos prints das conversas, o indiciado convocou uma reunião com os pais dos alunos na academia e constrangeu a mãe da vítima de 11 anos a afirmar que a denúncia havia sido resolvida.

Como consequência dos graves atos cometidos pelo representado, consta no processo que a filha da mulher mencionada tentou suicídio após a repercussão do caso e por ter sido alvo de piadas e comentários ofensivos por parte dos demais alunos do projeto.

Com base em todos os elementos colhidos, foi solicitada à Justiça a prisão preventiva do suspeito, e a ordem judicial foi expedida. Ele foi localizado e preso.

O indiciado responderá pelos crimes de perseguição majorada contra crianças e adolescentes, coação no curso do processo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo.

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