Essa semana, enquanto estava organizando alguns materiais no meu tablet, encontrei meu e-book de Emergência Felina Para Gatos. Me peguei pensando em quantos tutores ainda não têm noção da importância de saber agir rápido em uma emergência.
Sabe aquele momento em que o gato engole algo estranho, ou sofre um corte inesperado? Nessas horas, saber o que fazer pode ser a diferença entre salvar a vida do seu felino ou não. Não é drama, é realidade. E como médica veterinária, já presenciei muita coisa que poderia ter tido um final diferente se o tutor tivesse um mínimo de conhecimento em primeiros socorros.
Lembro de um caso que me marcou: um gatinho chamado Tico que caiu da janela do apartamento. O tutor, desesperado, não sabia se podia tocar, se devia dar água, se levava no colo ou na caixinha. No fim, cada minuto que passou sem um atendimento básico agravou a situação. E olha que não estou falando de fazer milagre em casa, mas de saber estabilizar o animal até chegar ao veterinário. Pressionar um sangramento, imobilizar um membro, saber o que não fazer – tudo isso faz parte de um cuidado consciente e responsável.
Aqui em casa, eu sempre reforço que prevenção é o melhor remédio, mas a gente sabe que imprevistos acontecem. E foi por isso que preparei um kit de emergência felina: termômetro, gaze, soro fisiológico, tesoura sem ponta, atadura, luvas, além dos contatos de emergência sempre à mão.
Meus gatos — Grey, Wolverine e Tempestade — são arteiros, e já me pregaram boas peças. E cada susto me fez ver o quanto estar preparada me trouxe segurança, e mais que isso, garantiu o bem-estar deles.
É importante lembrar que gatos disfarçam dor. Eles não vão gritar, nem pedir ajuda, e por isso é tão essencial conhecer os sinais sutis de que algo está errado: respiração ofegante, apatia, salivação excessiva, entre outros. Saber reconhecer esses sinais e como reagir de forma calma e assertiva pode ser decisivo.
Às vezes, um envenenamento, por exemplo, exige uma ação imediata. Mas cuidado: certos “remédios caseiros” que circulam por aí mais atrapalham do que ajudam. Informação segura é tudo.
A boa notícia é que não é preciso ser veterinário para aprender primeiros socorros. Criei um e-book que ensina exatamente o que você deve fazer, são 100 questões de emergência para te preparar para o pior. Se preparar é uma forma de amor, de cuidado com aquele serzinho que depende da gente para tudo. Aqui em casa, sempre que falo sobre isso, gosto de lembrar que, se você ama seu gato, precisa estar preparado também para os momentos difíceis, e não só para os carinhos e ronronados.
E para quem ainda acha que é exagero, pense bem: se um acidente acontecesse hoje, agora, você saberia o que fazer? Saberia como agir sem entrar em pânico? Eu sempre digo que conhecimento é poder, e quando se trata de cuidar dos nossos gatos, é também uma forma de proteção. Se você nunca pensou nisso, comece agora. Não é sobre medo, é sobre estar pronto.
E se precisar de ajuda para começar, estou aqui e meu e-book também, feito com extremo carinho para você. Porque no fim das contas, quem ama cuida — e saber primeiros socorros é, sim, uma forma de amor.
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