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Demanda

Estados Unidos registra novo recorde no preço do ovo

Dúzia do alimento custou em média US$ 6,23 em março, contrariando expectativa de especialistas do setor

Foto: Reprodução

Em novo aumento, o preço médio do ovo nos Estados Unidos atingiu o novo recorde de US$ 6,23 (cerca de R$ 37 na cotação atual) por dúzia, em março.

O aumento, relatado nesta quinta-feira (10) no Índice de Preços ao Consumidor, indica que consumidores e empresas que dependem de ovos podem não ter muito alívio imediato. A demanda por ovos costuma ser elevada até depois da Páscoa, que este ano cai no dia 20 de abril.

Especialistas do setor esperavam que o índice refletisse uma queda nos preços dos ovos no varejo, já que os preços no atacado caíram significativamente em março.

Como os preços no atacado só começaram a cair em meados de março, pode não ter havido tempo suficiente para que o preço médio do mês diminuísse, analisam especialistas. Além disso, os supermercados podem não ter repassado imediatamente os preços mais baixos aos consumidores.

Efeito da gripe aviária

Os surtos de gripe aviária foram apontados como a principal causa dos aumentos de preço em janeiro e fevereiro, após mais de 30 milhões de galinhas poedeiras serem abatidas para evitar a propagação da doença. Em março, apenas 2,1 milhões de aves foram abatidas, e nenhuma delas estava em granjas de produção de ovos.

De acordo com o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, os preços dos ovos chegaram a US$ 5,90 em fevereiro, um mês após atingir um recorde anterior de US$ 4,95 por dúzia.

As granjas que sofreram surtos no outono estão trabalhando para retomar a produção de ovos após desinfetar os galpões e criar novos lotes de aves, mas as galinhas precisam ter cerca de seis meses de idade para começarem a botar ovos.

Segundo os dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), havia apenas cerca de 285 milhões de galinhas poedeiras em todo o país em 1º de março. Antes do surto, o rebanho normalmente ultrapassava os 315 milhões.

Desde o início do atual surto de gripe aviária, mais de 168 milhões de aves foram abatidas, a maioria galinhas poedeiras. Sempre que uma ave adoece, todo o lote é sacrificado para evitar a propagação do vírus. Isso afeta a oferta de ovos, já que grandes granjas podem abrigar milhões de aves.

(*) Com informações do SBT News

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