Sempre achei que viajar com gatos fosse missão impossível. Gatos são territorialistas, apegados à rotina, e não costumam lidar bem com mudanças bruscas. Mas a vida tem lá seus caminhos inesperados — e às vezes a gente precisa se mudar, fazer uma viagem longa ou até atravessar o oceano.
Foi quando comecei a entender, na prática, como funciona o transporte pet e descobri que há, sim, formas seguras e respeitosas de levar nossos gatos com a gente.
Existem hoje três principais modalidades de transporte para felinos: o transporte terrestre, o aéreo e o internacional com suporte especializado. Cada um tem seus cuidados, exigências e vantagens. O terrestre costuma ser mais indicado para distâncias curtas ou médias.
Há empresas com veículos adaptados exclusivamente para pets, com ar-condicionado, acompanhamento veterinário e paradas programadas. É um jeito menos invasivo e ideal para gatos mais sensíveis ao estresse.
No transporte aéreo, há duas possibilidades: levar o gato na cabine (em voos que permitem e com peso limitado) ou no porão do avião, em compartimentos climatizados e pressurizados. Essa segunda opção sempre me deixou apreensiva, confesso, mas hoje sei que, com a companhia certa e os cuidados adequados, o voo pode ser tranquilo. E mais: existem empresas especializadas em todo o processo, desde a documentação até o envio da caixa de transporte padronizada.
Para quem vai para o exterior, como eu já considerei fazer, a logística é um pouco mais complexa, mas totalmente possível. O serviço de pet relocation cuida de tudo: passagens, check-in do animal, vacinações exigidas pelo país de destino, microchip, exames, tradução de documentos, emissão do Certificado Veterinário Internacional (CVI) e até a chegada do pet no novo lar com conforto e segurança. Uma bênção para tutores ansiosos — como eu!
Aqui em casa, a preparação começou com a adaptação à caixa de transporte. Deixei o item no ambiente, ofereci petiscos ali dentro, forrei com um pano com o meu cheiro e até coloquei brinquedos. A Grey se adaptou rápido, o Wolverine desconfiou por dias, e a Tempestade… bom, digamos que ela exigiu um pouco mais de convencimento felino. Mas com paciência, todos aprenderam que aquela caixinha era segura.
É importante entender que gatos precisam de tempo, rotina e previsibilidade. Por isso, se a ideia é viajar ou mudar com seu bichano, comece o planejamento com bastante antecedência. Quanto mais tranquila for a preparação, mais serena será a viagem. Vale lembrar que nem todos os serviços são iguais: alguns incluem veterinário a bordo, outros oferecem monitoramento por GPS, e os mais completos até mandam fotos durante o trajeto.
Se tem algo que aprendi com meus três companheiros de bigodes é que, quando o amor guia, a logística se ajeita. Seja numa viagem curta ou num recomeço em outro país, é possível garantir que os nossos gatos estejam conosco — seguros, confortáveis e respeitados em sua natureza. E no fim das contas, a gente aprende que o verdadeiro lar é onde eles ronronam perto da gente, mesmo que o CEP mude completamente.
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