Manaus (AM) – A demora por exames e consultas, além de denúncias de grosseria e maus-tratos por parte de alguns servidores da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), tem gerado dor de cabeça em pacientes da unidade hospitalar, que procuraram o Em Tempo para denunciar a situação.
A dona de casa Maria do Rosário, de 35 anos de idade, mora no São José, Zona Leste da capital, e conta que demorou meses para conseguir uma simples consulta.
“Para falar com o médico, foi aquela luta, e eu estava com muitas dores na região abdominal. Teve um dia, de manhã, que fui muito maltratada por uma pessoa da recepção. Não teve, por mim, a mínima empatia, vendo meu momento de dor”,
disse.
Outro que reclama é o aposentado Raimundo Nonato, de 70 anos. De acordo com ele, ao conseguir uma consulta com uma médica do local, foi tratado às ‘patadas’.
“Não sei porquê essa pessoa escolhe a medicina, se não sabe lidar com as pessoas. A gente já vem caindo pelas tabelas, atravessando a cidade toda. Moro lá no Jorge Teixeira, saí cedo de casa nesse dia, e ainda para ser tratado como um cachorro velho. Não aceito isso”, comenta.
Se a situação de quem faz tratamento e mora em Manaus é difícil, ela se torna ainda mais complicada quando o paciente vem do interior do estado. Geralmente, de municípios bem distantes, como é o caso de Socorro Gomes (nome usado para preservar a identidade), que está há 4 meses em Manaus e veio de Urucurituba (distante a 273 quilômetros da capital).
Segundo ela, que faz tratamento para câncer uterino, durante um procedimento, teve de aguentar a ‘grosseria’ de um enfermeiro.
“Tem muito médico maravilhoso no hospital, tem muito enfermeiro humano. A maioria dos profissionais que trabalha lá trata a gente muito bem. Mas, por esses que tratam a gente mal, todos acabam pegando a fama. Tinha sido tratada muito bem pela minha médica e mandaram esse enfermeiro para me auxiliar. O homem fazia uma cara de poucos amigos e me falava coisas como “bora, maninha, te apressa” na hora que eu tive que fazer meu exame. Me senti humilhada”,
desabafa.
O estudante Renan Maia, de 18 anos de idade, conta que a mãe, que veio de Itacoatiara (distante a 176 quilômetros de Manaus) e está em uma quitinete alugada nas proximidades da unidade hospitalar, foi recentemente maltratada por um servidor da FCecon e está indignada.
“Vim acompanhando ela pelas dificuldades de tratamento no interior e por aqui ser referência. Minha mãe vende salgados para sobreviver e eu ajudo ela, aqui. Alugamos para ficar perto do tratamento dela e passar por isso foi muito dolorido para ela. O pessoal desse hospital é ‘de boa’. Algumas pessoas que estragam. Tomara que a direção veja isso”, disse.
Resposta
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do hospital para relatar as reclamações. Por meio de nota, a FCecon informou que “preza pelo atendimento humanizado e de qualidade a todos os usuários do sistema público de saúde e orienta que o paciente ou acompanhante que possua alguma queixa a fazer contra servidores da instituição, que procure a Ouvidoria da Fundação para registrar o caso. A Ouvidoria é o setor responsável por encaminhar as queixas para a devida apuração”, disse a nota.
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Sou paciente oncológico da FCECON, presenciei e me senti agredida também junto com outros pacientes pelo agente de segurança grosseiro, em vez de tentar resolver o problema nos tratou com grosseiria sem necessidade na área externa do laboratório de coleta, não tem capacidade e nem qualificado para lhe dá
com pessoas no órgão da área de saúde, ainda mandou os pacientes que poderiam procurar a ouvidoria do hospital para fazer reclamações, fazendo descaso do órgão como se não fosse resolver nada, fiquei indignada com a situação, pois isso se trata de pessoas idosas e jovens, de longe e perto passando pelo sofrimento de um tratamento tão difícil, ainda ser mal tratada pelo funcionário que está sendo pago para no mínimo nos atendermos bem, aqui fica minha queixa e revolta pelo acontecido.
“FCecon informou que “preza pelo atendimento humanizado e de qualidade a todos os usuários ”
Isso é mentira… minha irmã com uma metástase na cabeça sofria com dores… falei ao médico que quando mexia a cabeça sentia fortes dores… Sabem qual foi a resposta do tal médico? “É SÓ ELA NÃO MEXER A CABEÇA”… naquele momento quis pular no pescoço dele e esganá-lo. O atendimento é péssimo e o hospital é imundo… fede. A dor dos mal tratos é maior que a dor da doença.