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Seleção Brasileira de Futebol

A camisa vermelha da Seleção: o que é real, o que é fake e quem gritou sem saber

A ação envolveu dirigentes da CBF e jogadoras da Seleção Feminina em vídeos institucionais. Mas em nenhum momento foi anunciada como novo uniforme de jogo.

A gritaria foi grande. Apresentador de TV subiu o tom. Gente nas redes sociais exigiu o retorno da “camisa amarela”. Acusaram a CBF de apagar símbolos do Brasil. Tudo isso por causa de uma camisa vermelha — que sequer é oficial.

Vamos aos fatos: a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não lançou uma nova camisa vermelha para substituir o tradicional uniforme da Seleção Brasileira. O que aconteceu foi uma ação pontual, feita em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), para promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Uma campanha internacional, não uma mudança oficial

Durante a campanha, peças simbólicas com cores diferentes da camisa tradicional apenas representam as 17 metas globais de desenvolvimento — como combate à fome, igualdade de gênero e sustentabilidade ambiental. A camisa vermelha representava o ODS número 10: “Redução das desigualdades”.

A ação envolveu dirigentes da CBF e jogadoras da Seleção Feminina em vídeos institucionais. Mas em nenhum momento foi anunciada como novo uniforme de jogo. A tradicional camisa amarela, aliás, continua firme, forte e amada — mesmo que politizada por uns e idolatrada por outros.

Ratinho detonou, mas estava errado

Entre os indignados, o apresentador Ratinho usou seu programa para “detonar” a CBF. Disse que a camisa vermelha era “uma vergonha”, que “a camisa do Brasil é amarela, verde e azul” e que “vermelho é comunismo”. Tudo isso sem saber que se tratava de uma ação internacional com objetivos sociais — e temporários.

A crítica pegou carona no turbilhão de desinformação que corre solta nas redes. E muita gente compartilhou o vídeo acreditando que a Seleção passaria mesmo a jogar de vermelho, mas a verdade é que não vai.

Futebol, símbolos e desinformação

O caso escancara como símbolos nacionais, como a camisa da Seleção, viraram peça de disputa política no Brasil. A camisa amarela, que já vestiu de Garrincha a Marta, agora também é usada para marcar posição ideológica — o que torna qualquer alteração simbólica um prato cheio para fake news.

A camisa vermelha da CBF não é uniforme novo, não será usada em campo, e foi apenas um recurso visual numa campanha da ONU, mas o barulho foi feito. E, como sempre, a verdade ficou ofuscada pelo grito.

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