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Gato não é cachorro — e tá tudo bem com isso

Entender a linguagem dos gatos é o primeiro passo para criar uma relação baseada na confiança, no respeito e no amor verdadeiro

Foto: Divulgação

Se você já convive com gatos, provavelmente já ouviu alguém dizer: “Ah, mas ele não vem quando chama”, ou então “Ele é muito na dele, né?”. A verdade é simples: gato não é cachorro. E entender essa diferença é fundamental para construir uma convivência respeitosa, amorosa e livre de frustrações. Aqui em casa, com a Grey, o Wolverine e a Tempestade, aprendi que amar um gato é, acima de tudo, aprender uma nova linguagem.

Diferente dos cães, que foram domesticados ao longo de milênios para obedecer, seguir ordens e agradar o humano, os gatos seguem outro caminho: foram domesticados porque quiseram, e mantêm até hoje muito de sua autonomia e instinto. Isso não quer dizer que são frios — muito pelo contrário. Eles demonstram afeto de um jeito mais sutil, mais silencioso. Um toque de cabeça, um ronronar baixinho, um olhar que diz “eu confio em você”.

Também não adianta usar as mesmas estratégias de adestramento que funcionam com cães. Gritar, punir ou forçar um gato só vai gerar medo e afastamento. Com eles, a chave está na paciência e na repetição respeitosa. Quer que ele pare de subir na pia? Ofereça um lugar mais atrativo para ele escalar. Quer que ele entenda que é hora de comer? Crie uma rotina consistente. Gato responde muito mais à coerência do que à autoridade.

Outro ponto importante: gatos precisam de tempo. Tempo para confiar, para se aproximar, para mostrar quem são. Cada um tem sua personalidade — aqui em casa, por exemplo, a Tempestade é carinhosa e intensa, o Wolverine é observador e reservado, e a Grey adora conversar. Não é justo esperar que todos ajam da mesma forma, como se fossem “programáveis”.

E ainda que existam semelhanças entre cães e gatos, como o afeto que sentem por seus tutores ou a capacidade de criar laços fortes, as diferenças gritam quando a gente tenta encaixar o gato em moldes que não o pertencem. Eles não são bichinhos de circo. São seres com vontades, limites e formas próprias de se relacionar.

Convivência com gato exige escuta, adaptação e respeito. Não se trata de ter um “animal obediente”, mas de construir uma conexão baseada na confiança. E quando ela se firma, ah… o vínculo que se cria é único! Um amor silencioso, profundo e cheio de significados. Gato não é cachorro — e isso é justamente o que torna essa relação tão especial.

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