O Rio Negro marcou 28,99 metros nesta sexta-feira (11) e deixou a cota de inundação severa, que é de 29 metros, segundo medições do Porto de Manaus. O nível segue em ritmo de descida, indicando uma possível transição para o período de vazante, embora essa mudança ainda não tenha sido confirmada por especialistas.

Antes da baixa registrada nesta sexta, o rio havia apresentado estabilidade por três dias e chegou a marcar 29,03 metros na quarta-feira (9). O comportamento atípico da cheia, que avançou mesmo em pleno mês de julho, não era registrado desde 2014.

Durante a cheia prolongada, moradores das áreas mais baixas da região central de Manaus enfrentaram diversos transtornos. No bairro Educandos, por exemplo, famílias seguiram convivendo com alagamentos dentro das casas e com o acúmulo de lixo trazido pelas águas.

No Centro da capital, o impacto também atingiu trabalhadores e frequentadores. No dia 28 de junho, o Rio Negro ultrapassou a cota de inundação severa e alagou pelo menos duas ruas de acesso ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, um dos principais pontos turísticos da cidade.

A travessa Tabelião Lessa, ao lado do mercado, e a rua dos Barés, nos fundos do prédio histórico, ficaram cobertas pela água.

Motoristas e feirantes relataram dificuldades para circular na área central, afetando a mobilidade e o funcionamento das atividades no entorno do mercado e de outras vias alagadas.

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