A Amazônia abriga cerca de 10% da maior biodiversidade do planeta, além de milhões de pessoas que dependem da floresta para sobreviver. A região é o lar de pequenos agricultores que cultivam a terra ou extraem riquezas naturais, como o guaraná, fruto símbolo da região e fonte essencial de renda de muitas famílias. Segundo o IBGE, a agricultura familiar responde por cerca de 80% dos estabelecimentos rurais. Apesar de todo potencial, a região enfrenta grandes desafios sociais históricos e baixa oferta de oportunidades econômicas.
Nesse contexto, o crescimento compartilhado tem sido o principal caminho para transformar vidas na floresta, gerando renda, conhecimento e conexões. Um exemplo é o município de Maués, conhecido como o berço de Guaraná Antarctica, hoje presente em 7 a cada 10 lares brasileiros, tem origem justamente na Amazônia.
Para fortalecer quem vive da produção do fruto, em 2017 a Ambev e a ONG Idesam criaram a Aliança Guaraná Maués com o propósito de melhorar a qualidade de vida das comunidades locais de forma colaborativa. São iniciativas que unem sustentabilidade, cultura e produção local de forma integrada. Agricultores recebem conhecimento técnico por meio de cursos sobre boas práticas agrícolas, manejo sustentável do solo e técnicas voltadas à melhoria da qualidade do guaraná.
Eles também contam com apoio para acessar mercados em condições mais justas, ampliando as oportunidades de renda. Tudo isso alinhado a práticas que protegem a floresta e garantem a conservação da biodiversidade, assegurando que o desenvolvimento econômico aconteça de forma respeitosa com o território amazônico. O guaraná segue no centro desse cenário, servindo como elo entre tradição, geração de renda e conservação da floresta, ao promover o fortalecimento de toda a cadeia produtiva e a sustentabilidade local.
A iniciativa já tem gerado resultados concretos: as comunidades vêm conquistando novos mercados, ampliando suas fontes de renda e fortalecendo toda a cadeia produtiva, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação da biodiversidade local.
A inclusão produtiva na região é a chave para um futuro que respeita a biodiversidade, valorizando os saberes locais e gerando oportunidades reais para quem vive na Amazônia. Essa ferramenta nos mostra que é possível conciliar o desenvolvimento econômico, valorização cultural e a conservação ambiental. O desafio é ambicioso, mas os resultados mostram que, juntos, é possível construir caminhos que gerem o impacto positivo que precisamos.
(*) Wallace Ribeiro é Gerente de Impacto Social da Ambev.
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