O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cometeu um erro gramatical em um despacho oficial ao escrever: “A Justiça é cega mais não é tola”. O uso incorreto do advérbio “mais” no lugar da conjunção “mas” não passou despercebido e repercutiu amplamente nas redes sociais.
Repercussão e correção
Após a divulgação do erro, especialmente entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes revisou o documento e corrigiu a frase, substituindo “mais” por “mas”. No entanto, a ausência de vírgula entre as orações também foi alvo de críticas de especialistas em linguagem.
Outros deslizes gramaticais
Além da troca entre “mais” e “mas”, o texto apresentou outros erros, como o uso indevido de crase em expressões como “à partir” e “à favor”. A pontuação e a construção frasal também foram apontadas como imprecisas.
Exemplos semelhantes
Em 2020, um juiz de Pernambuco escreveu, em decisão judicial, que tudo fosse devolvido, “inclusive o entorpecente”. O erro de digitação causou polêmica e precisou ser esclarecido. No Rio de Janeiro, uma desembargadora criticou petições com erros como “não aciste” e “em fasse”, chamando atenção para a qualificação dos profissionais do Direito.
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub também se tornou conhecido por erros como “paralização” e “suspenção” em comunicações oficiais, gerando repercussão nacional e questionamentos sobre a competência na escrita formal.
Linguagem e autoridade
O episódio com Moraes reforça como erros de português em documentos públicos podem comprometer a credibilidade de autoridades e instituições. A correção rápida não impediu que o caso se tornasse alvo de memes, críticas e reflexões sobre o uso da norma culta na linguagem jurídica.
Mesmo em textos técnicos, forma e conteúdo caminham juntos — e a atenção aos detalhes segue sendo essencial para quem ocupa cargos de alta relevância.
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