O Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai investir R$ 10,39 milhões na compra de 30 sedãs híbridos de luxo para renovar parte da frota oficial. A aquisição, realizada em Brasília, atenderá os 27 ministros da Corte e contará com três veículos extras para uso institucional.
O modelo escolhido foi o Lexus ES 300h, o mais caro entre os quatro avaliados no Estudo Técnico Preliminar do próprio TST. As outras opções eram Honda Accord, BYD Seal e Toyota Camry, com preços entre R$ 310 mil e R$ 344 mil. Após desconto, o valor do Lexus ficou em R$ 346,5 mil por unidade.
O tribunal ainda não detalhou os motivos da escolha. Em nota técnica, os responsáveis indicaram que os veículos deveriam seguir padrões de segurança e conforto para atender às demandas de transporte da Administração.
O TST utiliza como parâmetro de substituição um período de sete anos de uso ou 50% de depreciação. Esse critério segue resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e norma interna da Corte.
O Lexus ES 300h combina motor a combustão de 2,5 litros e 178 cavalos com motor elétrico de 120 cavalos, resultando em potência total de 211 cavalos. Entre os recursos, oferece ar-condicionado digital de duas zonas, modos de condução variados e itens tecnológicos voltados ao conforto e à segurança.
A compra integra o Plano Estratégico Institucional 2021-2026, que prevê melhorias na infraestrutura e, segundo o TST, busca fortalecer a imagem do tribunal. A aquisição foi feita em concessionária de Brasília.
Polêmica com sala VIP no aeroporto
Na semana passada, a Folha de S. Paulo revelou que o TST contratou uma sala VIP exclusiva no Aeroporto de Brasília por R$ 1,5 milhão. O espaço, com 44 m², contará com granito, banheiros privativos, atendimento personalizado e transporte executivo até a aeronave. O objetivo é evitar que ministros passem pelas áreas comuns.
O Ministério Público pediu a suspensão do contrato, que deve ser concluído em agosto de 2025. O valor inclui aluguel e serviços mensais.
O Partido Novo, que já havia acionado o Tribunal de Contas da União (TCU) contra a sala VIP, criticou também a compra dos carros.
“Semana passada, pedimos a suspensão do contrato sem licitação para área VIP do TST. Agora, o tribunal comprou 30 carros de luxo. O imposto do cidadão não pode continuar bancando luxo de autoridades”, declarou a sigla na rede social X.
Leia mais:
Governo do AM destina R$ 7,6 milhões para fortalecer projetos sociais
