A depressão pós-parto é uma condição de saúde mental que pode afetar mães no período de até um ano após o nascimento do bebê. A psicóloga Maria do Carmo Lopes, especialista em Saúde Mental, destaca a importância de reconhecer os sinais e buscar ajuda especializada. Isso é fundamental para preservar a saúde da mãe e do bebê.

Principais sintomas e quando buscar ajuda

Entre os sintomas mais comuns da depressão pós-parto estão:

  • Tristeza intensa
  • Falta de interesse por atividades diárias
  • Perda ou ganho significativo de peso
  • Alterações no apetite
  • Insônia ou inquietude
  • Sentimento de culpa
  • Ansiedade

“Quando esses sinais se intensificam e persistem, especialmente nas três primeiras semanas após o parto, é preciso atenção, pois pode ser um quadro de depressão”, explica Maria do Carmo.

Casos mais graves exigem atenção redobrada

Segundo a especialista, em quadros mais graves podem ocorrer:

  • Desconexão com o bebê
  • Pensamentos confusos
  • Desorganização mental
  • Alucinações
  • Mudanças extremas de comportamento

Esses sintomas indicam a necessidade imediata de acompanhamento profissional.

Fatores que contribuem para a depressão pós-parto

Maria do Carmo afirma que a depressão pós-parto pode ser causada por uma combinação de fatores. Entre eles:

  • Alterações hormonais
  • Predisposição genética
  • Histórico de depressão ou ansiedade
  • Eventos traumáticos
  • Falta de apoio familiar
  • Problemas no relacionamento
  • Dificuldades financeiras
  • Condições precárias de moradia

A importância do apoio familiar e emocional

Além do acompanhamento médico e psicológico, o apoio da família, dos amigos e do parceiro tem papel essencial. Isso inclui oferecer ajuda prática, como cuidar do bebê para que a mãe possa descansar, e também apoio emocional.

“Muitas mulheres acabam ouvindo que deveriam estar felizes, que o bebê é uma bênção e que o sentimento de tristeza não se justifica. Esse tipo de fala pode intensificar a culpa e piorar o quadro emocional da mãe”, alerta a psicóloga.

Psicóloga Maria do Carmo Lopes – Foto: Divulgação

Tratamento e acolhimento fazem a diferença

O tratamento pode envolver terapia individual ou em grupo, acompanhamento com especialistas em saúde mental e a participação em redes de apoio com outras mães que enfrentam a mesma situação.

“A depressão pós-parto não define a capacidade de amar ou cuidar do filho. É uma condição que precisa de acolhimento e tratamento e que, com a ajuda certa, pode ser superada”, afirma Maria do Carmo Lopes.

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