A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) mixou o som provocado por buraco negro, desmistificando a crença de que não há propagação de ondas sonoras no espaço. No entanto, o barulho precisou ser amplificado pela agência espacial em 144 quatrilhões e 288 quatrilhões de vezes para que pudesse ser ouvido pelo aparelho auditivo humano.
A esse processo é dado o nome de ‘sonificação’ e acontece de modo que os cientistas utilizam programas de computador e linguagem de programação para “transformar” ondas sonoras não captáveis pelo ouvido humano em uma onda sonora audível.
Os astrônomos descobriram que as ondas de pressão emitidas pelo buraco negro provocavam ondulações no gás quente ali presente as quais poderiam ser traduzidas em uma nota do sistema tonal (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si). A nota percebida ficava 57 oitavas abaixo do Dó maior (percebido na oitava central do piano e que é a base do sistema tonal), possuindo frequências que o ouvido humano não pode captar.
Buraco negro: som se propaga no vácuo?
Segundo a física, ondas mecânicas, como o som, não se propagam no vácuo e a maior parte do espaço é essencialmente vácuo, não havendo meio material para a propagação de ondas sonoras.
No entanto, em um aglomerado de galáxias, como o Perseu (aglomerado localizado a 250 milhões de anos-luz de distância da Terra), há grandes quantidades de gases devido as dezenas, centenas ou milhares de galáxias mantidas agrupadas pela gravidade, de maneira que os aparelhos da agência puderam captar as ondas sonoras.
O estudo foi conduzido pela cientista Kimberly Arcand, do Observatório Chandra, pelo astrofísico Matt Russo e pelo músico Andrew Santaguida.
*O Povo
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