A líder ambiental Greta Thunberg foi alvo de humilhações e provocações durante a detenção da flotilha que tentou levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, segundo relato do ativista Nico Calabrese, integrante da delegação brasileira.

Deportado no sábado (4) para a Turquia, Calabrese contou à CNN que a flotilha enfrentou fome, sede e isolamento, mas Greta foi a que mais sofreu: “Colocaram a bandeira de Israel bem do lado dela, obrigaram ela a beijar a bandeira, provocavam e faziam piadas constantemente”, disse o ativista.

Outros deportados confirmaram a situação de constrangimento e maus-tratos, mas o Ministério das Relações Exteriores de Israel nega qualquer irregularidade: “Todos os direitos legais dos detidos são plenamente respeitados”, afirmou em publicação na rede social X.

Nico Calabrese, cidadão argentino e italiano, professor de educação física e militante do PSOL, vive no Brasil há mais de dez anos. Ele deve retornar ao país nesta segunda-feira (6).

O restante da delegação brasileira, composta por 14 pessoas – entre elas a deputada Luizianne Lins (PT-CE) – permanece detido em Ketziot, no sul de Israel, sem previsão de deportação.

*Com informações da CNN

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